Ilha de Páscoa cogita seguir exemplo da Catalunha e pedir independência do Chile
O prefeito da Ilha de Páscoa, Pedro Edmunds Paoa, declarou esta semana estar muito interessado na situação que está sendo vivida na Catalunha com o referendo e os movimentos pró-independência e disse que não exclui a procura de uma solução similar para tornar o seu território independente do Chile.
Paoa disse que
"o que está acontecendo na Catalunha é a mesma coisa vai acontecer para nós, se o Chile e seu governo não levar a sério o pedido de décadas atrás dos Rapa Nui (como são conhecidos os habitantes tradicionais da ilha), sentar-se para conversar em condições de igualdade."
O prefeito disse ao jornal chileno El Mercurio, de Santigo e que circula em todo o país, que a ilha traz mais recursos ao governo do que recebe, e que, no futuro, se não houver diálogo, não descarta a opção de recorrer à Corte Interamericana ou mesmo às Nações Unidas para apresentar seu caso.
A porta-voz do governo, Paula Narváez, disse que o governo do Chile não concorda com as declarações de Paos e salientou que a atual administração tem sido caracterizado como aquela que tem dialogado com a comunidade Rapa Nui, acrescentando que, sendo o Chile um país democrático, não é necessário recorrer a organismos internacionais.
Destino internacional
Conhecida mundialmente por suas famosas estátuas gigantes de pedra (os moais), a Ilha de Páscoa é um destino turístico internacional e está localizada na Polinésia oriental, ao sul do Oceano Pacífico, a 3 700 km de distância da costa oeste do Chile. Oficialmente constitui a província chilena de Ilha de Páscoa. Sua população gira em torno de 4.000 habitantes.
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