Diário de Mercado na 6ª feira, 13.10.2017
Novo recorde em dia de bom volume pós-feriado.
Resumo.
Vale lembrar que hoje foi dia de zeragem do vencimento de opções sobre ações, que ocorrerá na próxima segunda-feira. No cenário doméstico, o governo segue pretendendo uma reforma da previdência mais enxuta, que seria proveitosa na visão do mercado.
A agência de risco S&P juntou-se à Moody’s e alertou sobre um possível rebaixamento da nota soberana do Brasil, caso a agenda de reformas não tenha sucesso, mas, foi desprezada pelos agentes.
No exterior, os números animaram os agentes. O índice de preços ao consumidor norte-americano desacelerou e a leitura aquém da projeção pode induzir a percepção dos agentes por um menor apetite do Fed por uma alta nos juros na última reunião do ano, em dezembro.
Já a balança comercial chinesa surpreendeu positivamente, com crescimento tanto das exportações – fator importante para seu crescimento econômico, como das importações, que se traduz numa boa notícia globalmente, haja vista que a demanda chinesa permanece como fator importante para o crescimento mundial.
Ibovespa.
O índice abriu a sessão em forte alta com favoráveis notícias externas, atingindo sua máxima intradiária logo nos primeiros minutos de pregão, aos 77.318 pts (+0,85%). A partir daí, cedeu levemente e passou a circundar o patamar dos 77 mil pts até o fim do pregão.
A Ambev, o setor de siderurgia e principalmente a Vale – em razão da alta relevante do minério no mercado chinês, alavancaram a valorização do índice. Na outra ponta, as varejistas recuaram fortemente com as notícias de expansão da Amazon no mercado brasileiro.
O Ibovespa encerrou aos 76.989 pts (+0,43%), renovando recorde histórico de fechamento e acumulou 1,23% na semana, +3,63% no mês, +27,83% no ano e +25,97% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 10,043 bilhões, sendo R$ 9,748 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa. Na 3ª feira, 10.10, último dado disponível, a entrada líquida de capital estrangeiro foi de R$ 142,176 milhões na bolsa, em outubro, o saldo registra ingresso líquido de R$ 143,6 milhões. Em 2017, o saldo acumula agora ingresso de R$ 14,9 bilhões.
Agenda Econômica.
Nos EUA, o núcleo (exceto energia e alimentos) do índice de preços ao consumidor surpreendeu e desacelerou a +0,1% em setembro, ante +0,2% em agosto e abaixo do consenso (+0,2%). Na comparação anual, o indicador cresceu +1,7% versus agosto de 2016 (+1,7% em julho-17/julho-16) – inferior à projeção de +1,8%. O resultado ajuda a diminuir as chances de elevação da taxa de juros norte-americana em dezembro. As vendas no varejo cresceram +1,6%, contra recuo de -0,1% em agosto, sendo o consenso em +1,7%.
O índice de confiança do consumidor da Univ. de Michigan subiu a 101,1 pts na prévia de outubro, atingindo o maior nível desde 2004, ante 95,1 pts na prévia de setembro – superior à projeção (95,0 pts).
Na Alemanha, o núcleo do índice de preços ao consumidor manteve-se estável (0,0%) em setembro, mesmo comportamento de agosto e em linha com o consenso. O índice mostrou variação de +1,8% na base anual, idêntico ao mês de agosto.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) acentuou perdas pela terceira sessão seguida, seguindo o movimento da divisa no exterior, em razão da momentânea diminuição nas chances de elevação da taxa de juros norte-americana em dezembro. O dólar encerrou próximo da mínima do dia, cotado a R$ 3,1490 (-0,66%), acumulando então +0,25% na semana, -0,57% no mês, -3,17% no ano e -1,07% em 12 meses.
Risco País - O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos recuou aos 182 pts, ante 184 pts da última quarta-feira.
Juros.
Os juros futuros iniciaram a sessão com pequenos ajustes de alta, mas, a tendência foi revertida ainda pela manhã. As taxas encerraram o dia entre ligeiros ajustes de baixa na ponta curta e estabilidade na ponta longa, em sua curva de estrutura a termo.
Para a semana que vem.
No Brasil: Volume do setor de serviços (IBGE), IGP-10, IGP-M, IPCA-15, Atividade econômica, Confiança do consumidor e Coleta de impostos. Nos EUA: Produção industrial, Utilização da capacidade industrial, Produção manufatureira, Construção de casas, Livro Bege (Fed) e Índice antecedente. Na China: IPC, IPP, PIB, Vendas no varejo e Produção industrial.
Confira no anexo a integra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 13.10.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, WESLEY BERNABÉ, CNPI, e RICARDO VIEITES, todos da equipe do BB investimento