Diário do Mercado na 6ª feira, 03.11.2017
Ibovespa tem ligeira alta apoiado em commodities e exterior
Resumo.
A 6ª feira pós feriado foi agitada no mercado doméstico. Com bom volume de negócios, o Ibovespa fechou o pregão com leve alta – puxado pelas commodities e bolsas norte-americanas, mesmo com a piora do ambiente externo para os emergentes. Não obstante, o dólar atingiu a maior cotação em quase quatro meses, puxando também a alta dos juros futuros de longo prazo.
No cenário político, notícias negativas e a desconfiança sobre a continuidade da agenda de reformas restringiram maiores ganhos na bolsa.
No exterior, o anúncio oficial que ratificou Jerome Powell - de visão mais branda em relação à política monetária - como o próximo homem forte do Fed em 2018 contrastou com a divulgação de novos dados da economia norte-americana, que segue aquecida - aumentando a expectativa de elevação dos juros na sessão de dezembro, bem como nas reuniões do Fomc de 2018.
Ibovespa.
Em sessão movimentada, o índice principiou ascendente, mas, passou a realizar ainda pela manhã com notícias da economia norte-americana bem como reagindo ao negativo noticiário político local. A tendência foi revertida no início da tarde, diante da valorização das commodities e da recuperação das bolsas de Nova Iorque, contribuindo para o fechamento em campo positivo. Itaú, Santander, Petrobras e Vale foram destaques de alta.
O Ibovespa fechou aos 73.915 pts (+0,12%), acumulando -0,53% no mês, +22,73% no ano e +19,70% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 11,342 bilhões, sendo R$ 11,082 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa. Na 3ª feira, 31.10, o investidor estrangeiro retirou R$ 344,424 milhões da bolsa, assim, o mês de outubro encerra com saldo estrangeiro negativo de R$ 1,834 bilhão. No ano, o ingresso estrangeiro líquido acumula R$ 12,948 bilhões.
Agenda Econômica.
Nos EUA, foram geradas 261 mil novas vagas de emprego (payroll) em outubro, ante 18 mil vagas em setembro (dado revisado de -33 mil vagas) – abaixo do consenso de 313 mil vagas.
A taxa de desemprego norte-americana caiu a 4,1% em outubro - menor patamar desde 2000, contra 4,2% registrado em setembro e abaixo da projeção de 4,2%. O ganho médio por hora manteve-se estável (0,0%) em outubro, frente a elevação de +0,5% em setembro – sendo o consenso +0,2%.
Os pedidos de bens duráveis subiram +2,0% em setembro, ante +2,2% em agosto – em linha com o consenso de +2,0%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) iniciou a sessão com pouca volatilidade, mas, ainda pela manhã passou por forte movimento de alta, atingindo a cotação de R$ 3,3320 na máxima intradiária com dados da economia norte-americana.
A tendência arrefeceu durante a tarde e a divisa encerrou cotada a R$ 3,3050 (+1,32%), acumulando +1,04% no mês, +1,63% no ano e +2,13% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos subiu aos 173 pts, ante 170 pts da véspera.
Juros.
Em dia de firme alta do dólar e incertezas políticas no cenário doméstico, os juros futuros encerraram a sessão regular com alta nos vértices de médio e longo prazos.
Confira no anexo a integra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 03.11.2017, elaborado por JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P e RICARDO VIEITES, ambos da equipe do BB Investimentos