Diário do Mercado na 2ª feira, 06.11.2017
Ibovespa tem dia de repique com alta de commodities
Resumo.
Após a queda de 2,71% na semana passada, o índice doméstico reagiu parcialmente hoje, mas, recuperou a casa dos 74 mil pts.
As altas dos preços de commodities nos mercados internacionais, com o minério de ferro subindo de quase 6% na China e o petróleo valorizando acima de 3%, além de alguma dissipação de temores em relação ao governo Trump, terminou por levar a uma baixa do dólar norte-americano perante outras moedas pelo mundo e também motivaram o comportamento nesta sessão no mercado brasileiro.
Também, houve continuidade na recepção favorável da indicação de Jerome Powell para ser o novo chairman do Fed a partir de fevereiro do próximo ano, em substituição a Janet Yellen.
De outra mão, a possibilidade do retorno a pauta do governo brasileiro da privatização da Eletrobras trouxe ânimo aos agentes. Vale lembrar que nesta semana a agenda de indicadores externos está sem maior realce, enquanto no Brasil o destaque será tão somente a divulgação do IPCA na próxima 6ª feira, 10.11.
Ibovespa.
O índice principiou oscilando entre uma pequena alta e a estabilidade, até por volta das 14h30. A partir daí, firmou-se em campo positivo até seu fechamento. As altas da Petrobras, Vale, do setor siderúrgico e da Eletrobras impulsionaram e mantiveram a alta ao longo do dia. Já o setor de papel e celulose, que subiu recentemente beneficiado pela elevação do dólar, pesou hoje.
O Ibovespa fechou aos 74.310 pts (+0,53%), acumulando 0,00% no mês, +23,38% no ano e +20,64% em 12 meses.
Capitais Externos na Bolsa. Depois de registrar retirada de R$ 1,834 bilhão, apresentou saída de R$ 258,027 milhões no dia 1º de novembro, mas, com ingresso líquido de R$ 12,690 bilhões em 2017.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IPC-Fipe, que mensura a inflação no município de São Paulo, variou 0,32% em outubro, versus +0,02% em setembro – consenso em +0,28%. Os grupos Alimentação (+0,89%); Saúde (+0,45%), Vestuário (+0,22%) e Educação (+0,17%) contribuíram para o avanço do índice geral, enquanto Habitação (-0,15%), Transportes (+0,32%) e Despesas Pessoais (+0,41%) desaceleraram, ajudando a conter a alta da inflação. O indicador passou a acumular +1,42% no ano e 2,30% em 12 meses.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) abriu decaindo e manteve esta tendência ao longo de todo o pregão. O alívio no cenário externo, apoiado principalmente da alta das commodities derrubou a cotação da divisa em relação a outras moedas no mercado internacional.
No mercado doméstico, a cotação segui este mesmo comportamento e fechou cotada a R$ 3,2570 (-1,45%), acumulando +0,43% no mês, +0,15% no ano e +0,80% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu ligeiramente para 171 pts, ante 173 pts da última 6ª feira.
Juros.
O recuou do dólar hoje influenciou a curva da estrutura a termo da taxa de juros, que recuou como um todo, com a regressão evoluindo da ponta mais curta para a ponta mais longa.
Para esta semana.
No Brasil: IGP-DI Inflação / FGV; Dados de veículos / Anfavea; IGP-M Inflação 1ª. Prévia; e IPCA.
Nos EUA: Novos pedidos seguro-desemprego, Estoques no atacado, Vendas de negócio no atacado, e Índice de Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan.
Na China, Reservas estrangeiras, Balança comercial, Exportações, Importações, Investimento estrangeiro direto, IPC, IPP e dados de crédito.
Na Alemanha, França e Reino Unido: Produção industrial e Balança comercial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 06.11.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RICARDO VIEITES.