Diário do Mercado na 6ª feira, 12.01.2018
Mesmo após corte no rating, Ibovespa fecha quarta semana de alta
Resumo.
Após semanas de especulações sobre o rebaixamento do rating brasileiro pela agência de classificação de risco S&P, o corte, por fim, ocorreu ontem (11). Porém, apesar de gerar certo grau de temor nos agentes sobre a possibilidade de uma queda mais abrupta do Ibovespa, isto não aconteceu.
O índice doméstico apagou as perdas experimentadas durante o pregão e encerrou “de lado”, aos 79.349 pts (-0,02%), avançando +0,35% na semana – a quarta semana consecutiva de alta, com destaque para o apetite dos investidores estrangeiros, que geraram entrada líquida de capital pelo 13º pregão seguido.
No exterior, depois de leve desaceleração no rali de alta nos principais mercados acionários pelo mundo, as bolsas retomaram o movimento ascendente e avançaram na sessão de hoje.
Ibovespa.
O índice navegou em terreno negativo na maior parte da sessão, registrando a mínima intradiária ainda pela manhã aos 78.861 pts (-0,64%). O movimento de baixa perdeu força em alguns momentos no decorrer do dia, bem como a caminho do fim do pregão, encerrando próximo à estabilidade.
Ambev e os setores financeiro e de varejo pesaram negativamente no índice, enquanto Vale e Petrobras seguiram avançando.
O Ibovespa encerrou aos 79.349 pontos (-0,02%), acumulando +0,35% na semana, +3,86% no ano e 24,07% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 9,071 bilhões, sendo R$ 8,520 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa.
Na 4ª feira, 10.01.2018, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 280,861 milhões na bolsa – décima terceira sessão consecutiva com ingresso líquido de recursos.
No ano, o saldo líquido de capital estrangeiro acumula entrada de R$ 2,968 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o volume do setor de serviços cresceu +1,0% em novembro ante outubro. Já na comparação anual, o índice ainda registra recuo de -0,7%. Nos EUA, o núcleo do IPC avançou +0,3% em dezembro, contra +0,1% em novembro – acima do consenso de +0,2%.
Na comparação com dezembro do ano passado, o índice subiu +1,8%, frente a +1,7% na leitura anterior – enquanto o mercado aguardava avanço de +1,7%.
Câmbio e CDS.
Em dia de volatilidade, o dólar comercial (interbancário) principiou a sessão em alta, passando por diversas alternâncias de sinal até o meio da tarde, quando firmou queda.
O dólar encerrou cotado a R$ 3,2060 (-0,28%), acumulando -0,80% na semana, -3,29% no ano e +1,01% em 12 meses.
Risco País.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos recuou a 145 pts, ante 146 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros repetiram o comportamento do dia anterior, encerrando a sessão regular em baixa ou próximos da estabilidade nas taxas de médio e longo prazos e com ajustes de alta na ponta curta.
Pela manhã, houve leve impacto do rebaixamento realizado pela agência de classificação de risco S&P, mas a mesma se dissipou ao longo do dia.
Nos últimos dias a curva tem experimentado certa desinclinação, que reflete uma menor percepção de risco pelos agentes.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 12.01.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNP, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos
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