Diário de Mercado na 5ª feira, 22.02.2018
Ibovespa performa sétima alta e terceiro recorde consecutivo
Resumo.
O Ibovespa prossegue em sua escalada positiva. Os investidores transparecem a visão que o Brasil é cada vez mais a “bola da vez” global, com a alocação de recursos migrando para o mercado de risco doméstico, descartando claramente as negativas notas soberanas atribuídas ao País, mesmo sem a propalada reforma da previdência.
Obviamente que a atual liquidez mundial é preponderante, pois “o dinheiro é que manda”, mas, ele vai para aonde existe possibilidade de retorno satisfatório.
Em suma, hoje, o índice brasileiro seguiu o comportamento da tendência do índice S&P500 de Nova York a maior parte do dia, descolando-se positivamente na hora final de negociação.
Enfim, prevalece entre os agentes a percepção favorável com a retomada da economia brasileira, com possível nova redução de juros, inflação baixa e controlada e perspectiva de novos investimentos e melhores resultados de empresas.
Ou seja, mesmo com alguma volatilidade advinda de questões externas, a tendência de alta iniciada em 21 de dezembro de 2017 prossegue firme, sendo normal intercalar alguns períodos de realizações.
Ibovespa.
O índice iniciou em rápida ascensão e testou os 87 mil pts algumas vezes até por volta das 14h. A partir daí, da mesma forma que ontem, parecia que perderia todo o ímpeto, mas, a força compradora se fez presente nas duas horas finais do pregão, levando a um novo recorde histórico de fechamento.
O setor de bancos foi destaque, capitaneado pela ação do Banco do Brasil, que subiu 3,11%, para R$ 42,40. Depois, ajudaram também a impulsionar o índice alguns papéis do setor de consumo e a Vale.
O Ibovespa fechou aos 86.686 pts (+0,74%), acumulando +2,56% na semana, +2,09% no mês, +13,46% no ano e +26,39% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 10,859 bilhões, sendo R$ 10,464 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, na 2ª feira, 20.02, houve saída líquida de R$ 62,294 milhões da bolsa, com o saldo negativo em fevereiro passando a R$ 3,9 bilhões. Em 2018, a Bovespa acumula entrada líquida de R$ 5,641 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, a confiança industrial (CNI) cedeu levemente a 58,8 em fevereiro, ante 59,0 em janeiro, mas superior ao 53,1 de fevereiro do ano passado e sem perder sua tendência ascendente iniciada em julho de 2017.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) mostrou hoje, basicamente, tendência declinante, se contrapondo ao movimento do mercado acionário doméstico, após três sessões de elevações.
A divisa terminou cotada a R$ 3,2490 (-0,52%), acumulando +0,74% na semana, +1,82% no mês, -1,99% no ano e +5,87% em 12 meses.
Risco País.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu a 157 pts, ante 158 de ontem.
Juros.
Diferente das últimas sessões, as taxas mais curtas dos DIs subiram, em dia de realizações das recentes baixas. Já as médias e as mais longas praticamente não se movimentaram. O mercado segue girando ao redor das apostas de novo corte da taxa Selic, em 25 pts-base, para 6,50% a.a., na decisão do Copom em 21 de março próximo.
Para a semana:
Brasil: IPC-FIPE, Custos de construção FGV, Índice de Confiança do Consumidor FGV e IPCA-15;
Alemanha: PIB.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 22.02.2018, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e WESLEY BERNABE, CNPI, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos