MAHLE METAL LEVE - Resultados no 4º Trimestre de 2017
Mercado Interno impulsionou crescimento de receita
A Mahle divulgou em 19.03.2018 dados neutros para o quarto trimestre de 2017. O segmento OEM ganhou relevância, sendo responsável por 66,1% do faturamento da empresa durante o 4T17. Foi impulsionado principalmente pelo desempenho de vendas no mercado interno, que atingiu R$ 157,9 milhões (+ 36,2% ano/ano), refletindo o contínuo crescimento econômico de um momento positivo para o mercado automotivo.
Por outro lado, a reposição de vendas ligeiramente aumentada para R$ 195,3 mn (+4,2% ano/ano), com o crescimento do volume interno (+5,7% ano/ano) sendo branco parcialmente compensada por trocas variação efeitos (-1,5% ano/ano) .
Como resultado, a receita líquida consolidada atingiu R$ 576,6 milhões, crescimento de 14,4% ano/ano. O EBITDA consolidado alcançou R$ 82,7 milhões, enquanto a margem EBITDA melhorou para 14,3%, contra -32,6% no 4T16 - influenciado por despesas não recorrentes relacionadas com os custos de reestruturação e impairment no negócio de anéis de pistão.
Apesar do aumento nos custos (+10,3% ano/ano) e das despesas com S&G (+ 5,5% ano/ano), de R$ 4,4 milhões, a Mahle encerrou com um lucro líquido positivo em R$ 43,5 milhões contra uma perda de 142,7 milhões de reais no mesmo período do ano passado, refletindo a melhora na dinâmica do mercado da empresa nos dois segmentos em que atua, especialmente no mercado interno.
Quanto à alavancagem, a empresa alcançou uma confortável posição líquida de R$ 14 milhões, contra uma dívida líquida de R$ 183,3 milhões no 4T16, confirmando seus esforços para reduzir a alavancagem e deixando espaço para novos investimentos e oportunidades. setor.
Assim, esperamos uma avaliação neutra nos próximos pregões.
Resultados consolidados de 2017.
Em 2017, o lucro líquido consolidado atingiu R$ 2,3 bilhões (+5,7% ano/ano), como resultado da maior demanda interna que impulsionou o volume de vendas. Vendas internas de 21,8% aa, beneficiadas principalmente pelo desempenho positivo da produção brasileira de veículos impulsionada pelas exportações.
As exportações de OEM somaram US$ 217,1 milhões (+ 5,4% ano/ano) e EUR 93,2 milhões (+9,1% ano/ano), principalmente devido a um aumento nas vendas de veículos leves e pesados na Europa e na América do Norte, respectivamente.
As vendas totais de pós-vendas registraram R$ 767,4 milhões (+3,6% ano/ano), impulsionadas principalmente pelo crescimento de veículos pesados, parcialmente compensado pelas variações cambiais.
O EBITDA consolidado teve um aumento ano expressivo de 234,6% ano/ano, totalizando R$ 401,8 milhões, enquanto a margem EBITDA foi de 17,7%, contra 5,6% em 2016 Assim, na linha de fundo a empresa acabou com um lucro líquido de R$ 237,3 no ano passado, contra R$ 24,6 milhões no ano anterior.
Implicações de investimento.
Continuamos otimistas a respeito do desempenho da Mahle Metal Leve com base em:
i) nossa perspectiva positiva em relação ao mercado de bens de capital no Brasil, devido a um certo otimismo a respeito de desenvolvimento da economia e ao corrente ciclo de taxas de juros mais baixas; e
(ii) a uma situação financeira sólida que permite à Empresa obter vantagens no quadro atual de oportunidades no mercado automotivo, tanto em termos de volumes de vendas quanto a melhorias no mix de produtos.
Acreditamos que o ambiente da indústria nacional deve continuar ajudar a Mahler a manter seus números e a gradualmente melhorar suas margens. O potencial de crescimento está na estratégia de crescimento a longo prazo da Empresa, principalmente em possíveis acordos de M&A.
Os riscos para os investimentos são:
(i) deterioração a economia doméstica e ou desaceleração da indústria automotiva;
(ii) valorização do Real (R$);
(iii) aumento da concorrência, especialmente de concorrentes chineses; e
(iv) aumentos potenciais preços de matérias-primas, levando a pressões de margens.
Por último, estamos revisitando nossas estimativas para em breve completar o 2017 YE18 TP para o LEVE3.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenho da MAHLE METAL LEVE no 4º trimestre/2017, elabordo por VIVIANE SILVA, NFC, analista, integrante do BB Investimentos.