Renda Fixa - Análise Semanal de Mercado 09/04/2018
Embora ainda enfraquecido, o CDS brasileiro começa a acumular força de alta
Seguindo os desdobramentos observados no ambiente político doméstico, os juros longos reforçaram a tendência de alta identificada no último estudo, com destaque para o contrato DI de jan/2027, mais líquido entre os longos, cujo rendimento se mantém em trajetória altista e cumpriu o objetivo gráfico calculado em 9,9%.
Neste contexto, tanto o canal de alta quanto o padrão de pivô confirmaram a força da tendência e, neste momento, apontam para o próximo objetivo na linha de 10,20%.
Paralelamente, porém, é possível observar uma relevante alteração no comportamento do CDS Brasil de 5 anos. Desde o seu início, em fevereiro, a oscilação vem se mantendo dentro da banda de 172 e 142 pontos, em padrões típicos de baixa.
No entanto, começam a surgir os primeiros sinais de força altista, em forma de acumulação (ou seja, ainda sem o rompimento consistente da resistência de 172 pontos). De fato, a continuidade da cotação abaixo deste limite reflete a predominância dos vetores de baixa, mas, na configuração atual, já se faz necessário chamar atenção para a possibilidade de uma reversão, para níveis mais altos (visando, primeiramente, ao nível de 183 pontos).
Em linhas gerais, o risco fiscal ainda permanece presente na precificação dos ativos e as incertezas do quadro eleitoral acrescentam dúvidas sobre a condução de medidas, voltadas ao reequilíbrio das contas públicas – incertezas que se traduzem em maior demanda por prêmios de risco e apontam para novos aumentos da inclinação positiva.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise a respeito, elaborado por RENATO ODO, CNPI-P, Analista Sênior, e JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, Analista Sênior, ambos integrantes do BB Investimentos.