RENDA FIXA - O Mercado Secundário de Debêntures em 09.05.2018
Alta do CDS Brasil se confirma e debêntures revertem tendência positiva
O movimento identificado no último estudo se materializou nos últimos dias, afetando de modo mais agressivo o comportamento dos preços das debêntures monitoradas.
Das 50 séries analisadas, 31 variaram negativamente, contra apenas 10 papéis em valorização, perfazendo uma média conjunta de -0,2% na semana.
De fato, o aumento da percepção de risco influiu fortemente na elevação das curvas de referência, aumentando os prêmios e ampliando os vetores de baixa sobre os preços no secundário doméstico.
Particularmente a configuração de alta do CDS Brasil de 5 anos vem representando o crescente grau de aversão de risco na renda fixa. A longa formação de baixa observada desde a virada do ano 2015-2016 cedeu lugar a uma reversão altista, levando o derivativo aos níveis seguintes de resistência, em 195 e 205 pontos.
Neste contexto, o enfraquecimento dos padrões gráficos das debêntures, apontado nos estudos anteriores, se manifestou com maior clareza, levando três ativos a entrarem em tendência de queda (CART22, ECOV22 e TAEE33) e quatro papéis a perderem o perfil de alta (AGRU12, ECCR32, MRSL17 e ODTR11).
Para os próximos dias, este movimento tende a continuar e até mesmo se intensificar, uma vez que o referencial representado pelo contrato DI de jan/2027, um dos mais líquidos da ponta longa da curva, aponta graficamente para novas altas de yields, em níveis elevados no histórico do contrato.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do Mercado Secundário de Debêntures, elaborado por RENATO ODO, CNPI-P, Analista Sênior, e JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, Analista Sênior, ambos o BB Investimentos.