Diário de Mercado na 4ª feira, 20.06.2018
Ibovespa tem segundo avanço na semana com melhora no exterior
Resumo.
Após fechar no menor nível em mais de 10 meses na segunda-feira – abaixo dos 70 mil pts, o índice doméstico se recuperou e acumula alta de 1,93% na semana.
O melhor humor no exterior advindo do alívio nos principais mercados acionários pelo mundo, depois de um início de semana ruim, contribuiu para o avanço. Já a aguardada decisão do Copom não surpreendeu os agentes - em contraposição à última – e seguiu em linha com as expectativas, de manutenção da Selic em sua mínima histórica, 6,5%.
Não obstante, o Bacen não fechou as portas para alterar a taxa de juros na ocasião de maior desequilíbrio no balanço de riscos. No mercado de câmbio, o real teve o pior desempenho ante a cesta das principais moedas, e os juros futuros agregaram prêmio nas seções intermediária e longa de sua estrutura a termo.
Ibovespa.
O índice abriu a sessão em firme alta, dando continuidade ao pregão da véspera, quando avançou 2.26%. O desempenho caiu durante a sessão, acompanhando piora no exterior, mas retomou parte dos ganhos em decorrência das fortes altas de Petrobras, Banco do Brasil e Bradesco.
O Ibovespa fechou aos 72.123 pts (+1,02%), acumulando alta de 1,93% na semana, queda de 6,03% no mês, -5,60% no ano e alta de 18,69% em 12 meses. O volume financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 11,050 bilhões, sendo R$ 10,529 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na 2ª feira, 18.06, último dado disponível, houve entrada líquida de capital estrangeiro em R$ 119,78 milhões na bolsa. No mês de junho o saldo continua negativo em R$ 4,898 bilhões; já no ano, o saldo acumulado registra saída líquida de R$ 8,910 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o Copom decidiu pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% - que segue sendo sua mínima histórica. Conforme dados do Caged, houve a criação de 33 mil vagas de trabalho em maio, ante 115k em abril – bem abaixo do consenso de 65 k postos de trabalho.
Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial caiu de 5.9 pts em junho, maior queda desde 2010, influenciado ainda pelos desdobramentos da greve dos caminhoneiros. O índice não ficava abaixo dos 50 pts desde janeiro de 2017, o que se traduz em falta de confiança do empresariado.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) iniciou a sessão em queda, mas teve sua tendência revertida e fechou em firme alta, próximo da máxima do dia. Deste modo, o real registrou o pior desempenho ante cesta com as principais moedas globais.
O dólar fechou cotado a R$ 3,7740 (+0,72%), acumulando alta de 1,15% na semana, 1,13% no mês, 13,85% no ano e de 13,27% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos recuou para 271 pts, ante 273 pts da véspera.
Juros.
Embora tenham passado a maior parte da sessão em baixa, as taxas de médio e longo prazos encerram com leves ajustes de alta influenciadas pela piora do dólar. Já os contratos de curto prazo ficaram próximos à estabilidade – refletindo a expectativa majoritária de manutenção da Selic em 6,5%.
Para a 5ª e a 6ª feira.
No Brasil, a divulgação do IPCA-15 será na quinta-feira.
Na Zona do Euro, foco para os PMIs manufatura e para a confiança do consumidor do agregado.
Ainda na Europa, o BOE (Banco Central da Inglaterra) definirá a taxa básica de juros.
Nos EUA, PMI manufatura e seguro desemprego estarão no radar dos agentes.
Confira no anexo arquivo pdf com a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 20.06.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos.