Diário de Mercado na 6ª feira, 22.06.2018
Ibovespa sobe com liquidez reduzida em dia de jogo da Copa do Mundo
Resumo.
O pregão desta 6ª feira foi marcado pelo alívio doméstico do stress advindo do exterior ao longo da semana com a guerra comercial entre EUA e China.
Em dia de agenda esvaziada, a dinâmica doméstica não exerceu praticamente nenhuma influência e o noticiário político foi pontualmente deixado de lado, bem como o dia foi de certa leniência muito em função do jogo da seleção brasileira pela Copa do Mundo.
A bolsa finalizou em alta, enquanto os mercados de câmbio e de juros oscilaram em torno da estabilidade, com os investidores de olho no exterior, tendo sido o noticiário de maior representatividade a fala do presidente dos EUA em torno de possível taxação sobre veículos importados da União Europeia.
Ibovespa.
As declarações do presidente Trump sobre possível taxação dos importados do setor automotivo da União Europeia acabaram arrefecendo a alta pontualmente, mas não impediram uma sessão predominantemente positiva. Houve recuperação de preços de commodities, favorecendo principalmente a Vale, e ainda houve avanço do setor de bancos.
O Ibovespa encerrou aos 70.640 pts (+0,81%), acumulando -0,17% na semana e -7,96% no mês, -7,54% no ano e +15,29% em 12 meses. O volume financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 7,34 bilhões, sendo R$ 7,00 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa.
Na 4ª feira, 20.06, último dado disponível, houve saída líquida de capital estrangeiro em R$ 410,73 milhões na bolsa. No mês de junho o saldo negativo foi a R$ 5,84 bilhões; já no ano, o saldo acumulado registra saída líquida de R$ 9,860 bilhões.
Agenda Econômica.
Nos EUA, a prévia do índice de gerente de compras (PMI) da manufatura relativo ao mês de junho recuou a 54,6 ante 56,4 na leitura de maio, vindo inclusive abaixo da estimativa dos analistas, em 56,1.
Na França, a prévia final do PIB do 1T variou 0,2% no comparativo ante o 4T17, e 2,2% no comparativo anual, ambos os números estritamente em linha com as previsões dos economistas.
Câmbio e CDS.
O dólar encerrou a sessão em alta ante o real, na contramão do movimento predominante no ambiente global de moedas. O ambiente doméstico de cautela com o cenário eleitoral e as intervenções do Bacen, que colocou nesta semana metade dos R$ 10 bilhões, anteriormente anunciados, nas operações de leilões de swaps tradicionais, pontuaram os direcionadores.
O dólar fechou cotado a R$ 3,7800 (+0,40%), acumulando +1,31% na semana, +1,29% no mês, +14,03% no ano e de 13,21% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu a 265 pts ante 268 pts da véspera.
Juros.
A curva de juros futuros oscilou modestamente, com negócios atrelados basicamente ao câmbio. Os investidores operaram acompanhando noticiário externo, numa sessão predominantemente morna - liquidez reduzida por conta da Copa do Mundo de futebol.
Para a próxima semana.
No Brasil, destaque para a Ata do Copom, e o Relatório Trimestral de Inflação do Bacen. Ainda terão relevo internamente o resultado primário do governo relativo e a Pnad contínua (desemprego) relativos a maio, e o IGP-M de junho. Externamente, nos EUA, destaque para o PCE e PIB.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 22.06.2018, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos