Diário de Mercado na 2ª feira, 02.07.2018
Bolsa vira para alta nos minutos finais, com volume reduzido por conta da copa
Resumo.
Prejudicada pelo jogo da copa do mundo, a sessão da segunda-feira foi marcado por volume abaixo da média em todos os mercados. A bolsa, pressionada desde a abertura por influência do clima do mercado externo, que contagiou também bolsas mundo afora, conseguiu se recuperar na reta final, puxada pelas bolsas de Nova York.
O dólar seguiu sua tendência de curto prazo de alta perante o real, com ausência de intervenção do Bacen, chegando a superar os R$ 3,91 no intraday, ao passo que os juros futuros operaram predominantemente estáveis, com exceção dos vértices longos, que recuaram.
Ibovespa.
A bolsa brasileira operou com reduzida liquidez nesta segunda-feira, muito por conta do jogo da seleção brasileira na copa do mundo. Após o jogo, o noticiário veio a colaborar próximo do apagar das luzes, com palavras de Trump sinalizando que a saída dos EUA da OMC estaria “fora de questão”, o que embalou os índices em Nova York, levando o a bolsa brasileira de carona.
Favorecido pelo setor financeiro, mas contrabalançado negativamente pelos setores de siderurgia e mineração, o Ibovespa encerrou aos 72.839 pts (0,11%), queda de 4,86% no ano e alta de 15,80% em 12 meses. O volume financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 6,55 bilhões, sendo R$ 6,34 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externso na Bolsa
Na 5ª feira, 28.06, último dado disponível, houve saída líquida de capital estrangeiro em R$ 150,527 milhões da bolsa. No mês de junho, o saldo negativo está em R$ 6,374 bilhões; já no ano, o saldo acumulado registra saída líquida de R$ 10,386 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o índice de gerentes de compras (PMI) relativo a junho caiu a 49,8 ante 50,7 na leitura de maio. O índice, que foi amplamente contaminado pelos efeitos da greve dos caminhoneiros perdeu o patamar de 50 pontos, o que não ocorria desde março de 2017, indicando a entrada do indicador na zona de retração (abaixo de 50).
Já nos EUA, a última prévia do PMI de junho avançou a 55,4 ante 54,6 em maio, se firmando na zona considerada de “expansão” (acima de 50, segundo a metodologia).
Câmbio e CDS.
O dia foi de nova onda de valorização do dólar perante moedas emergentes, na esteira de agravamento da questão comercial entre EUA e China, além agora da União Europeia. O dólar fechou cotado a R$ 3,9097 (0,91%), acumulando alta de 18,16% no ano e de 18,09% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos subiu aos 275 pts ante 270 da sexta-feira.
Juros.
Em meio a uma sessão de liquidez reduzida por conta do jogo da seleção brasileira, os juros futuros encontraram espaço para ceder, em especial na zona longa da estrutura a termo da curva. O direcionamento predominante, com noticiário praticamente ausente foi a da maior probabilidade de manutenção da Selic nos atuais 6,5% na próxima reunião do Copom.
Para a semana.
Agenda forte nos EUA, contendo destaques no relatório de emprego (payroll) na sexta-feira, e a Ata do Fomc na quarta-feira, relativa à reunião de 13 de junho. No Brasil, destaque para o IPCA de junho na sexta-feira e a produção industrial de maio na 4ª feira.
Confira no anexo a íntegra do relatório de anásie do comportamento do mercado na 2ª feira, 02.07.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos