Diário de Mercado na 4ª feira, 01.08.2018
Ibovespa inicia agosto estável, Copom e Fomc mantêm taxas
Resumo.
Com a política monetária no centro da pauta da semana, as decisões do Fomc e do Copom não trouxeram surpresas. O Fed manteve a banda de flutuação das Fed Funds, destacando as forças da atividade e do mercado de trabalho norte-americano, além de reiterar o gradualismo na elevação da taxa até o final do ano.
Já o Copom decidiu pela manutenção da taxa básica em sua mínima histórica, 6,5%, por unanimidade. Os principais mercados acionários pelo mundo caíram, sofrendo também ante a intensificação das tensões comerciais entre EUA e China. Por aqui, o Ibovespa encerrou estável assim como o dólar, ao passo que a curva de juros teve ajustes mistos.
Ibovespa.
O índice oscilou entre os terrenos de alta e de baixa durante toda a sessão, registrando a máxima (+0,64%) e a mínima (-0,57%) intradiárias ainda pela manhã e encerrou estável no primeiro pregão de agosto. A pressão positiva veio dos bancos e da Petrobras. Na outra ponta, Vale e Suzano recuaram firmemente.
O Ibovespa fechou aos 79.301 pts (+0,10%), acumulando recuo de 0,71% na semana, mas avançando 8,99% no mês, 3,80% no ano e 19,22% em 12 meses. O volume financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 9,95 bilhões, sendo R$ 9,43 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 30 (último dado disponível), houve saída líquida de R$ 238,336 milhões em capital estrangeiro na Bovespa. Em 2018, o déficit no saldo de capital estrangeiro se elevou a R$ 5,964 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o Copom decidiu pela manutenção da taxa básica de juros em 6,5%, de forma unânime, conforme expectativas tanto dos economistas como a implícita na curva de juros futuros.
Nos EUA, o Fomc também manteve a banda de flutuação das Fed Funds, em linha com o consenso, destacando a força com que avança a economia norte-americana. Neste contexto, a criação de vagas de emprego no setor privado foi de 219 mil em julho, ante 181 mil em junho – bem acima do aguardado pelo mercado em 186 mil postos.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) teve comportamento volátil nesta quarta-feira, voltando a se apreciar no final da sessão. No exterior, a divisa teve desempenho misto.
O dólar encerrou cotada a R$ 3,7580 (+0,08%), acumulando alta de 1.10% na semana e recuo de 3,07% no mês. O dólar avança 13,36% no ano e 20,46% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos subiu a 216 pts ante 215 da véspera.
Juros.
Mesmo operando durante a maior parte do dia em baixa, a curva dos juros futuros encerrou a sessão regular com comportamento misto, apesar de sofrer apenas ajustes marginais.
Os contratos de curto prazo encerraram estáveis, em compasso de espera com a decisão do Copom, ao passo que os intermediários registraram ligeiros ajustes de baixa. Já a ponta longa reverteu e fechou com viés de alta, acompanhando a virada do dólar e o avanço dos Treasuries.
Para a quinta e a sexta-feira.
No Brasil, destaques para a Produção Industrial Mensal de junho e para os dados Anfavea de julho.
Nos EUA, os pedidos de fábrica e principalmente o payroll (criação de vagas na economia) estarão no centro do radar dos investidores.
Ademais, amanhã, a definição da taxa do Banco da Inglaterra fecha a semana repleta de decisões importantes no tocante à política monetária.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 01.08.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos.