Diário do Mercado na 3ª feira, 11.12.2018
Ibovespa avança mesmo com volatilidade e pressão externa
Comentário.
Com início positivo, o embate entre Trump e o Congresso norte americano, além do imbróglio Brexit, trouxe volatilidade e aversão ao risco aos mercados domésticos, gerando perdas durante a sessão.
Não obstante, a perspectiva de avanço em direção a um acordo nos EUA aliviou a pressão nos mercados acionários, que fecharam com ganhos. Por aqui, com noticiário doméstico parco, o Ibovespa fechou acima dos 86 mil pts (+0,59%).
No mercado de câmbio, o dólar interrompeu sequência de cinco pregões de alta, registrando leve recuo a R$ 3,91 (-0,23%). Já a curva de juros futuros encerrou praticamente estável em toda a sua extensão.
Ibovespa.
O principal índice doméstico abriu com firme alta, passando a desacelerar aderindo à trajetória de baixa dos pares acionários de Nova Iorque. Já a caminho do fim do pregão, o Ibovespa recuperou ganhos fechando com alta moderada. Apenas 15 dos 65 papeis recuaram; Suzano, Santander e Petrobras lideraram as perdas. Na ponta oposta, Eletrobrás e Bradesco registraram firmes avanços.
O Ibovespa fechou aos 86.419 pts (+0,59%), acumulando -3,45% no mês, +13,11% no ano e +18,71% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 13,0 bilhões, sendo R$ 12,6 bilhões no mercado à vista.
Agenda Econômica.
No Brasil, na primeira prévia de dezembro, o IGP-M apresentou uma deflação de 1,16%, após ter recuado 0,11% na primeira prévia de novembro. O IPA que corresponde a 60% no índice geral caiu 1,70% no período relatado. Já o IPC-S desacelerou a 0,15% na primeira medição de dezembro, segundo dados da Fipe. Dentre as classes que compõe o índice, duas apresentaram uma aceleração, sendo elas Alimentação (0,08% para 0,27%) e Despesas Pessoais (1,14% para 1,36%).
Câmbio e CDS.
Após cinco avanços consecutivos, a divisa norte americana perdeu força e terminou em baixa, mas distante da mínima intradiária quando registrou recuo de quase 0,9%.
A moeda findou cotada em R$ 3,9130 (-0,23%), acumulando +1,43% no mês, +18,04% no ano e +18,61% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos recuou de 209 pts para 207 pts.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular praticamente estáveis. O DI para janeiro de 2020 terminou em 6,74% de 6,76% ontem. O DI para janeiro de 2021 passou de 7,82% para 7,81%. O DI para janeiro de 2023 fechou em 9,21% de 9,22% da véspera. O DI para janeiro de 2025 passou de 9,82% para 9,83% hoje.
Para a semana.
No Brasil: Taxa Selic, Vendas a varejo, IGP-10 e Volume do setor de serviços.
Nos EUA: IPC, Orçamento mensal, Vendas no varejo, Produção industrial, PMI Manufatura e Estoques de empresas.
Na China: Balança comercial, Investimento estrangeiro direto, Vendas no varejo, Produção industrial e Novos empréstimos.
Na Alemanha: IPC e PMI Manufatura.
Na França: IPC, PMI Manufatura.
Na zona do euro: Produção industrial e BCE - decisão sobre política monetária.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado nesta 3ª feira, 11.12.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e HAMILTON ALVES CNPI-T, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos.