Ultimatum contra Maduro:
Os governos de Alemanha, Espanha e França prometem reconhecer Juan Guaidó como presidente interino
Autoproclamado presidente interino da Venezuela, em substituição a Nícolás Maduro, Juan Guaidó recebeu neste sábado, 26.01, manifestações em seu favor dos governos de Alemanha, Espanha e França.
Macron, o cuidado para Trump não levar tudo
O presidente francês Emmanuel Macron declarou pelo Twitter que a “o povo venezuelano deve decidir livremente seu futuro” e que a França pode reconhecer Guaidó como presidente enquanto não forem realizadas novas eleições para resolver o impasse político na Venezuela.
De Pedro Sánchez, a conhecida arrogância
O primeiro-ministro da Espanha Pedro Sánchez estabeleceu, manifestando-se em pronunciamento oficial, prazo de oito dias para que Maduro convoque “eleições justas, livres, transparentes e democráticas”.
Nada de se admirar, partindo do governo do país que ainda se acredita matriz de colonias latino-americanas e cujo rei proferiu o célebre dito "porque no te calas" ao falecido presidente Hugo Chavez.
Merkel não se expôs em pronunciamento
Segundo a porta-voz do governo alemão, Martina Fietz,
"se as eleições não forem anunciadas no prazo de oito dias, a Alemanha está pronta para reconhecer Juan Guaido como presidente interino”.
União Europeia et caterva
A União Europeia manifestou apoio à tese de novas eleições e de legitimidade da Assembleia Nacional da Venezuela, ao longo desta semana. Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia e EUA apressaram-se em reconhecer Guaidó como novo presidente venezuelano.
Aliados de Maduro
México, Cuba, Irã, Turquia declararam apoio a Nícolas Maduro. Rússia e China divulgaram manifestações incisivas contra qualquer intromissão externa na política venezuelana.
Maduro governa a Venezuela desde 2013, foi reeleito em 2018 para um segundo mandato pelo período de 2019 a 2024, e denuncia “golpe midiático” patrocinado pelos EUA.
”Há uma imensa campanha de desinformação e manipulação contra a Venezuela mais uma vez”.
declarou Maduro.
De forma similar ao que ocorre neste momento, em 11.04.2002 houve tentativa de golpe de ultra-direita contra o governo de Hugo Chavez, também com apoio e financiamento pelo principal interessado, o EUA.
Naquela ocasião, a população de Caracas e distritos próximos rechaçou o golpe, em peso marchou para o palácio do governo e insuflou a Guarda Nacional venezuelana para resgatar o presidente Hugo Chavez e reconduzí-lo à presidência, preso que estava em quartel sob o comando de segmento de militares coniventes com os golpistas.