Diário do Mercado na 6ª feira, 01.02.2019
Ativos locais seguem beneficiados pelo otimismo doméstico
Comentário.
Após um pujante janeiro (+11%), o Ibovespa iniciou fevereiro dando sequência ao bom momento da renda variável local com avanço de 0,48%, aos 97.861 pts, renovando, novamente, o recorde histórico de fechamento.
Embora monitorando as eleições da Câmara e do Senado, que devem ter seus presidentes conhecidos apenas no fim da noite desta 6ª feira, 01.02, os investidores elevaram a bolsa na esteira do otimismo com a economia doméstica.
No mercado de câmbio, o dólar encerrou estável, cotado a R$ 3,6580. Já os juros devolveram prêmios, principalmente nas partes média e longa da curva.
No exterior, os mercados acionários fecharam com sinais mistos. O destaque lá fora foram os dados do mercado de trabalho norte americano, com forte criação de vagas em janeiro, apesar de firme revisão para baixo do resultado de dezembro.
O relevante resultado, entretanto, não gerou nos agentes econômicos temor significativo em relação à um redirecionamento no tom “dovish” do Fed, a manutenção da taxa das fed funds é ainda a aposta majoritária por todo o 2019.
Ibovespa.
No primeiro pregão de fevereiro, a trajetória do principal índice doméstico rondou a estabilidade na maior parte da sessão para encerrar com significativo avanço. 25 dos 65 papéis recuaram. Ambev, Vale e Banco do Brasil lideraram as altas. Na ponta oposta, Bradesco e Ultrapar registraram perdas.
O Ibovespa fechou aos 97.861 pts (+0,48%), acumulando alta de 11,35% no ano, e de 14,46% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 13,9 bilhões, sendo R$ 13,5 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 30 de janeiro (último dado disponível), houve ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 476 milhões, elevando o saldo positivo de janeiro para R$ 1,5 bilhão.
Agenda Econômica.
No Brasil, a produção industrial encerrou 2018 com um crescimento de 1,1%, abaixo do crescimento de 2,5% registrado em 2017, segundo dados do IBGE.
Apesar da desaceleração, o dado segue positivo pelo segundo ano consecutivo, dando fim ao período de queda que vinha desde 2014 até 2016. No mês de dezembro, o setor avançou 0,2% comparado a novembro, na série com ajuste sazonal. Já o PMI da indústria brasileira avançou de 52,6 para 52,7 em janeiro, marcando o maior nível desde março de 2017.
Os dados do payroll norte americano apontaram a criação de 304 mil postos de trabalho em janeiro. O resultado surpreendeu positivamente, vindo muito acima de 165 mil estipulada pelo mercado, apesar de forte revisão dos dados de dezembro.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) encerrou em R$ 3,6580 (-1,00%), acumulando uma queda de -5,60% no ano e uma valorização de 15,43% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos subiu a 167 pontos, ante 166 pontos da última sessão.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular em baixa, apesar da cautela com as eleições da Câmara e do Senado.
O DI para janeiro de 2020 fechou em 6,36% de 6,38% da véspera. O DI para janeiro e 2021 passou de 7,01% para 6,95% hoje. O DI para janeiro de 2023 caiu de 8,11% para 8,04%. O DI para janeiro de 2025 encerrou em 8,55% de 8,64%.
Para a semana que vem.
Brasil: IPC- Fipe; PMI Serviços e Composto; Vendas, Produção e Exportação de veículos Fenabre; Taxa Selic; IGP-DI; IPCA.
EUA: PMI Serviços e Composto; Seguro desemprego; entre outros indicadores represados pelo Shutdown.
Alemanha: PMI Serviços e Composto; Produção industrial.
França: PMI Serviços e Composto; Produção industrial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análsie do comportamento do mercado na 6ª feira, 01.02.2019, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, integrante do BB Investimentos