Diário do Mercado na 3ª feira, 02.04.2019
Ibovespa realiza com liquidez reduzida em dia de ajuste técnico
Comentário.
O índice doméstico terminou recuando, sem novidades sobre a reforma da previdência, inclusive com notícias de algumas declarações que já poderia haver “enxugamento” agora, no trâmite pela CCJ Comissão de Constituição e Justiça e outras que isto só ocorreria depois, na comissão especial da Câmara.
Pelo sim, pelo não, houve realização, mas com volume financeiro de R$ 11,8 bilhões, aquém da média diária deste ano, de cerca de R$ 17 bilhões. Ou seja, no jargão do mercado, “caiu sem força”, podendo se dizer que foi em um dia de ajuste de posicionamentos, com alguns agentes optando por embolsar ganhos após três pregões consecutivos de avanços.
Os índices das bolsas de Nova York encerraram com sinais mistos, mas não distantes da estabilidade, com os agentes ainda monitorando o desenrolar da saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit).
No Brasil, o dólar comercial findou em R$ R$ 3,8560 (-0,46%). Os juros futuros tiveram ligeiras oscilações, recuando na ponta curta e subindo na ponta longa, parecendo mais um dia de ajuste de posicionamentos, influenciado também por uma liquidez reduzida.
Ibovespa.
O índice até principiou ascendente, mas pouco antes das 11h30, entrou definitivamente em campo negativo e na maior parte da tarde operou já sem grandes oscilações ao redor de sua pontuação de fechamento.
O Ibovespa encerrou aos 95.386 pts (-0,70%), acumulando -0,03% na semana (e no mês), +8,53% no ano e +12,66% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 11,775 bilhões, sendo R$ 11,370 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 29 de março (último dado disponível), houve saída líquida de capital estrangeiro de R$ 111,494 milhões. Assim, o saldo positivo em março findou em R$ 2,346 bilhões. Já em 2019, passou a acumular ingresso líquido de R$ 1,252 bilhão.
Câmbio e CDS.
A moeda norte-americana encerrou em queda frente ao real. Os investidores prosseguem apreensivos no cenário doméstico com o desenrolar da reforma da previdência, enquanto o mercado externo ainda segue com certo apetite ao risco.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,8560 (-0,46%), acumulando variações de -1,53% na semana (e no mês), -0,49% no ano e +16,32% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil permaneceu em 171 pts no dia.
Juros.
Os juros encerraram com leve recuo na ponta mais curta e com pequena ascensão na ponta mais longa. O dia foi de ajustes de posicionamentos, em sessão com liquidez reduzida, com os agentes aguardando maiores informações a respeito da reforma da Previdência.
O DI para janeiro de 2020 encerrou em 6,48% de 6,94% antes. O DI para janeiro de 2021 terminou em 7,02% de 7,05% antes. O DI para janeiro de 2023 passou a 8,12% de 8,13% antes. O DI para janeiro de 2025 foi a 8,66% para 8,65%.
Agenda Econômica.
A produção industrial de fevereiro de 2019, mês sem feriado de Carnaval, apresentou alta de 0,7% na comparação com janeiro (série dessazonalizada), informou o IBGE. Na comparação com fevereiro de 2018, mês com feriado de Crnaval, o indicador subiu +2,0% (sem dessazonalização). Já no acumulado dos últimos 12 meses, passou a registrar variação de +0,5% - igual à registrada até janeiro.
Para a semana
Brasil: IPC-Fipe mensal; e Vendas, produção e exportação de veículos da Anfavea.
EUA: Payroll (criação de vagas na economia) e Taxa de desemprego.
Alemanha: PMI manufatura e Produção industrial.
França e Reino Unido: PMI manufatura.
Zona do Euro: Taxa de desemprego.
China: PMI composto e serviços.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado na 3ª feira, 02.04.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos