Diário do Mercado na 2ª feira, 08.04.2019
Ibovespa tem dia morno com ausência de notícias novas
Comentário.
O dia foi, simplesmente, de compasso de espera no mercado doméstico, sem notícias correntes sobre o desenrolar da reforma da previdência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara de Deputados.
A questão mais proeminente talvez tenha advindo do fato de esta ser a semana que antecede o vencimento do exercício de opções sobre ações, que ocorrerá na próxima segunda-feira, dia 15.
Neste contexto, as ações da Vale e da Petrobras, carros-chefes deste mercado, terminaram em alta e garantiram o fechamento de pequena elevação do Ibovespa. Externamente, os agentes também ficaram no aguardo de mais informações sobre o andamento do possível acordo comercial entre Estados Unidos e China.
No Brasil, o dólar comercial fechou em R$ 3,8490 (-0,57%). Os juros futuros mostraram viés de alta somente na ponta longa, em dia de ajustes de posicionamentos com o IGP-DI.
Ibovespa.
O índice não denotou maiores oscilações no dia. Ao longo do pregão esteve circundando com curtas variações, basicamente, os 97.100 pts (estabilidade), fechando um pouco acima desta pontuação no leilão de fechamento.
Ponderadamente, os destaques do dia foram a Vale - que fechou na máxima do dia, e a Petrobras, que garantiram o término positivo do índice. Ambas foram favorecidas pelas respectivas cotações do minério de ferro e do petróleo, no mercado internacional.
O Ibovespa fechou aos 97.369 pts (+0,27%), acumulando +2,05% no mês, +10,79% no ano e +14,79% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 12,20 bilhões, sendo R$ 11,88 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 4 de abril (último dado disponível), houve entrada líquida de capital estrangeiro de R$ 908,871 milhões, com o saldo tornando-se positivo em R$ 298,074 milhões no mês. Em 2019, passou a acumular ingresso líquido de R$ 1,550 bilhão.
Câmbio e CDS.
A divisa norte-americana encerrou o pregão da segunda-feira em baixa ante o real, com os investidores atentos no desenrolar da reforma da Previdência.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,8490 (-0,57%), acumulando agora variações de -1,71% no mês, -0,67% no ano e +14,45% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil permaneceu estável em 171 pts ante sexta-feira.
Juros.
Os juros futuros fecharam a sessão regular próximos da estabilidade nos contratos de curto e médio prazo e com viés de alta na ponta longa da curva da estrutura a termo – descasado do comportamento do dólar dia de ajuste de posicionamentos com o IGP-DI.
Em relação à véspera: o DI janeiro/2021 finalizou em 7,05% de 7,03%; o DI janeiro/2023 finalizou em 8,20% de 8,15%; e o DI janeiro/2025 encerrou em 8,76% de 8,70%.
Agenda Econômica.
O IGP-DI variou +1,07% em março frente a +1,25% em fevereiro, segundo dados da FGV. O índice passou a acumular uma alta de +2,41% no ano e de 8,27% em 12 meses. Em março do ano anterior, o indicador havia subido 0,56%.
Os subíndices assim oscilaram: IPA-DI em +1,35% (+1,79% em fevereiro); o IPC-DI em +0,65% (+0,35% em fevereiro); e o INCC-DI em +0,31 (+0,09% em fevereiro).
Nos EUA, os pedidos de fábrica recuaram -0,5% em fevereiro ante janeiro (0,0%) - a baixa vem acompanhada pelo menor número de pedidos de máquinas e equipamentos de transporte, informou o departamento do comércio norte-americano.
Para a semana
Brasil: Confiança do consumidor; Vendas varejo; IPC-Fipe; 1ª Prévia IGP-M; IPCA; Volume setor de serviços e Atividade Econômica.
EUA: Ofertas de Emprego JOLTS; IPC; Ata do FOMC.
Alemanha e França: IPC.
Zona do Euro: Produção industrial.
China: IPC; IPP e Balança comercial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 08.04.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos