Diário do Mercado na 2ª feira, 15.07.2019
Dia de agenda fraca, liquidez moderada e pequenas oscilações
Comentário.
Os agentes repercutiram a fraca agenda econômica e a ausência de notícias relevantes no cenário político, levando os mercados a ajustes, sem definição clara de tendência, e a operar com níveis de liquidez enfraquecidos.
Bolsa e juros oscilaram marginalmente, fechando o dia em discreta queda, enquanto o mercado de câmbio se descolou do ambiente interno e voltou a acompanhar o movimento global do dólar, encerrando em alta.
Após a precificação do adiamento da segunda votação da reforma da Previdência, ocorrida na última 6ª feira, 12.07, os investidores efetuaram ajustes técnicos e pequenas realizações nos juros e na Bolsa.
No entanto, a percepção de risco-país se consolida em campo de baixa, refletindo-se em mais um ligeiro recuo do CDS Brasil de 5 anos, podendo abrir espaço para futuros ingressos de recursos estrangeiros e aumentar a atratividade do mercado local.
Ibovespa.
O índice alternou altas e baixas ao longo de todo o pregão, orbitando em torno da linha divisória em 103.900 pontos, com liquidez abaixo da média recente, mesmo com o vencimento de opções sobre ações. A formação de um candle de indefinição (doji), no comportamento diário, ilustra a ausência de vetores capazes de estabelecer uma nova tendência.
O Ibovespa encerrou em 103.803 pts (-0,10%), acumulando alta de 2,81% em julho, 18,11% no ano e de 35,52% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 13,3 bilhões.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 11 de julho (último dado disponível), houve ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 312,9 milhões na Bolsa. No mês de julho e no ano, os saldos estão negativos em R$ 977,9 milhões e R$ 4,9 bilhões, respectivamente.
Agenda Econômica.
No Brasil, o índice de atividade econômica do Banco Central IBC-Br registrou alta de +0,54% entre abril e maio, na série com ajuste sazonal. Em 2019, o índice acumula alta de 0,94% e, em 12 meses, 1,31%.
O PIB da China apresentou expansão de 6,2% em 2T19 perante 2T18, mas em desaceleração, sendo este o menor ritmo de crescimento em 27 anos. Na comparação trimestral, o PIB chinês avançou 1,7%, com ajustes sazonais e, frente a 1T19, evoluiu 1,5%.
Câmbio e CDS.
Depois de 5 pregões consecutivos em queda, o dólar fechou em alta, acompanhando a movimentação geral da moeda perante as principais moedas. Contribuíram para o fortalecimento do dólar a divulgação do PIB da China e as declarações de autoridades do governo dos EUA, influindo também no recuo dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,7560 (+0,48%), acumulando -2,19% em julho, -3,07% no ano e -2,42% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil recuou de 129 pts para 128 pontos e o seu comportamento gráfico acumula novas forças baixistas.
Juros.
Os juros futuros DI oscilaram entre discretos ajustes, corrigindo a movimentação mais intensa da última 6ª feira, 12.07, e fecharam em ligeira queda, com baixo volume.
Em relação à sessão anterior, assim findaram: DI janeiro/2021 em 5,56%, de 5,60%; DI janeiro/2023 em 6,32%, de 6,33%; DI janeiro/2025 em 6,87%, de 6,88%.
Para a semana.
Brasil: Arrecadação de impostos, Caged e Confiança da indústria (CNI);
EUA: Vendas no varejo e Produção industrial;
Zona do euro: IPC.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado financeiro na 2ª feira, 15.07, elaborado por RENADO ODO, CNPI-P 3058, integrantes do BB Investimentos