Morales pede intercessão da ONU e do papa para pacificar a Bolívia
O ex-presidente da Bolívia Evo Morales pediu nesta 5ª feira, 14.11, ao papa Francisco e à ONU Organização das Nações Unidas que intercederam para "pacificar" o país em convulsão. Asilado no México, Morales condenou o governo dos EUA por "reconfirmar o governo de fato".
"Peço que organizações internacionais como a ONU, países amigos da Europa e instituições como a Igreja Católica (...) para nos acompanhar no diálogo para pacificar nossa querida Bolívia",
escreveu o ex-presidente em um tuíte.
"A violência ameaça a vida e a paz social",
acrescentou.
Evo Morales Ayma
✔
@evoespueblo
Pido a organismos internacionales como la #ONU, países amigos de Europa e instituciones como la Iglesia Católica representada por el hermano @Pontifex_es acompañarnos en el diálogo para pacificar nuestra querida Bolivia. La violencia atenta contra la vida y la paz social
Pouco antes, Morales havia condenado a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, "de reconhecer o governo de fato e autoproclamado pela direita".
"Depois de impor [Juan] Guaidó [presidente do Parlamento da Venezuela], ele agora proclama [Jeanine] Áñez [na Bolívia]. O golpe que causa a morte de meus irmãos bolivianos é uma conspiração política e econômica que vem dos EUA",
afirmou.
Evo Morales renunciou à presidência da Bolívia no domingo passado, 10.11, e denunciou um golpe de estado "político, cívico e policial" contra ele. Horas depois de renunciar, viajou para o México, graças a um asilo político concedido pelo governo de Andrés López Obrador.