O COPOM Comitê de Política Monetária do BC Banco Central deverá manter a SELIC, taxa básica de juros, no nível atual de 7,25% ao ano, na reunião marcada para amanhã e quarta-feira (27 e 28.11).
Esses dados constam do Relatório FOCUS, em que o Banco Central divulga seu levantamento semanal de expectativas junto aos analistas do mercado financeiro. Os analistas consultados não esperam que haja alteração na SELIC em 2013.
Indicativo de que os analistas de mercado poderão acertar é a declaração do presidente do Banco Central, em 22.11, de o Copom teria entendido que é preciso manter as “condições monetárias estáveis por período suficientemente longo”. Segundo Tombini, o custo do dinheiro no País está mais baixo e isso se reflete na política de juros.
“Estamos em outro intervalo, mais próximo do que ocorre no resto do mundo”,
disse o presidente do BC. Ele acrescentou que, quando for preciso, o Copom fará ajuste na Selic “para cima ou pra baixo”.
A SELIC é a taxa aplicada, para a remuneração dos bancos e dos aplicadores, sobre parcela expressiva dos títulos da dívida pública do País. O BC também usa a SELIC como instrumento para ativar ou desaquecer a economia e também para influir no nível da inflação.
Desde Agosto/2011, o governo reduziu a SELIC, de 12,5% até o nível atual de 7,25%, objetivando reduzir os efeitos recessivos trazidos à economia brasileira pela redução da atividade econômica na Europa.
Naquela ocasião, a FEBRABAN Federação Brasileira de Bancos estrilou, através de declaração de seu presidente em entrevista ao jornalista Basile, do Valor Econômico, avaliando que o BC teria superestimado a recessão e a crise européia. Low profile desde então, seu presidente até o momento não retirou sua crítica ao Banco Central.