Diário do Mercado na 5ª feira, 28.11.2019
Ibovespa termina avançando com perspectiva de juro mais baixo
Comentário.
O índice brasileiro parecia que não teria maiores oscilações no dia, mas do meio da tarde em diante seguiu ascendente com maior expectativa dos agentes que a taxa Selic realmente recuará, como previsto anteriormente, 50 pts-base em dezembro próximo.
Os negócios foram parcialmente inibidos pelo feriado nacional norte-americano do “Dia de Ação de Graças” (“Thanksgiving Day”), dado que os mercados financeiros ficaram fechados em Nova York. Também, vale lembrar que nesta sexta-feira as bolsas em Wall Street funcionarão com horário reduzido por conta do “Black Friday” – dia nacional de liquidação geral de produtos no varejo.
Neste panorama, pode-se dizer até que o volume financeiro da doméstico bem razoável. De toda a forma, uma melhor tendência para os índices acionários só será mais relevante a partir do primeiro pregão de dezembro – mês que também o giro médio tende a ser mais contido com a proximidade das festividades de final de ano.
No Brasil, o dólar comercial fechou cotado a R$ 4,2150 (-1,01%), cedendo após três pregões seguidos de altas. As taxas de juros futuros recuaram como um todo.
Ibovespa.
O índice chegou a ter pequena baixa após sua abertura e veio abaixo dos 107.500 pts. Entretanto, logo reagiu e passou o restante da sessão já rondando sua pontuação de fechamento com leves variações.
O Ibovespa findou aos 108.290 pts (+0,54%), acumulando -0,37% na semana, +1,00% no mês, +23,21% no ano e +21,33% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 12,8 bilhões, sendo R$ 11,5 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na B3
No dia 26 de novembro (último dado disponível), a Bovespa apresentou retirada de R$ 2,069 milhões de capital estrangeiro, com a saída líquida passando a -R$ 7,719 bilhões em novembro. Em 2019, o saldo negativo líquido acumulado situa-se em -R$ 38,123 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IGP-M (inflação ao atacado) variou +0,30% em novembro versus +0,68% em outubro, vindo acima do consenso de +0,13%. Os seus subíndices assim oscilaram: o IPA-M em +0,36% (+1,02% em outubro); o IPC-M em +0,20% (-0,05% em outubro); e o INCC-M em +0,15% (+0,12% em outubro). O indicador passou a acumular +5,11% no ano e +3,97% em 12 meses.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) terminou influenciado por alguns fatores no dia. O Banco Central efetuou leilão de moeda à vista pela manhã e houve revisão de dados na balança comercial, com o saldo até a quarta semana de novembro revertendo um déficit de -US$ 1,099 bilhão para um superávit de US$ 2,717 bilhões. Também, anteriores três dias de altas, que renovaram sucessivamente recordes históricos de fechamento desde o plano real (1994), motivaram realizações de ganhos.
A moeda encerrou cotada a R$ 4,2150 (-1,10%), acumulando +0,55% na semana, +5,06% no mês, +8,77% no ano e +9,85% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil 5 anos permaneceu em 125 pts.
Juros.
Os juros futuros chegaram a subir pela manhã. Todavia, a ratificação da percepção dos agentes que o afrouxamento monetário com redução de 50 pts-base na taxa Selic em dezembro próximo derrubou sua curva de estrutura a termo como um todo na parte da tarde.
Em relação ao pregão anterior, assim fecharam os contratos: DI janeiro/2020 em 4,67% de 4,68%; DI janeiro/2021 em 4,69% de 4,75%; DI janeiro/2022 em 5,36% de 5,44%; DI janeiro/2023 em 5,89% de 5,99%; DI janeiro/2025 em 6,54% de 6,60%; DI janeiro/2027 em 6,87% de 6,94%.
Agenda.
Brasil: Taxa de desemprego, Resultados primário e nominal do setor público; França: PIB; Japão: Prod. Ind.; China: PMI manufaturado PMI não manufaturado.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 28.11.2019, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos.