Diário do Mercado na 2ª feira, 23.12.2019
“Rali de Natal” prevalece e bolsas de valores batem novos recordes
Comentário.
O Ibovespa prosseguiu em tendência altista em dezembro e terminou o pregão tanto na máxima do dia como em novo recorde histórico de fechamento. Em Nova York, os três índices acionários, Dow Jones, S&P500 e Nasdaq encerraram em suas máximas pontuações históricas de fechamento.
A única notícia mais favorável, mas que não chegou a impressionar os agentes, foi que a China deverá cortar tarifas de 850 produtos de todo o agregado de seus parceiros comerciais a partir do início do próximo ano. De toda a sorte, a liquidez foi mais baixa tanto no mercado doméstico, como no externo.
O índice brasileiro teve volume financeiro de R$ 16 bilhões, enquanto a média do mês, até a última sexta-feira, estava em R$ 20,9 bilhões (excluindo o dia de vencimento de índice futuro e de opções sobre o índice).
O Ibovespa rondou a estabilidade praticamente durante toda a sessão, mas avançou na hora final e nos leilões de fechamento. Aparentemente, investidores que ainda não estavam posicionados – faltam três pregões em 2019 – resolveram entrar na atual tendência de alta antes da virada do ano.
Vale ressaltar que esta é uma semana mais curta por conta do feriado de Natal e a próxima também, com o mercado brasileiro não funcionando na véspera de ano novo e nem no dia 1º de janeiro de 2020.
No Brasil, o dólar comercial fechou cotado a R$ 4,0810 (-0,32%). Os juros futuros curtos findaram de lado, enquanto os intermediários e longos caíram.
Ibovespa.
O índice denotou um pregão morno até o início da hora final. A partir daí, escalou rapidamente até seu fechamento, com destaque para a rápida ascensão nos leilões de fechamento, para finalizar na máxima do dia.
O Ibovespa fechou aos 115.863 pts (+0,64%), acumulando +7,05% no mês, +31,83% no ano e +35,20% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 16,0 bilhões, sendo R$ 14,1 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 18 de dezembro (último dado disponível), a Bovespa teve saída líquida de -R$ 55,419 milhões de capital estrangeiro, apurando saldo negativo de -R$ 2,562 bilhões no mês. Em 2019, a retirada líquida acumulada passou a -R$ 42,683 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,461 bilhão, com exportações de US$ 4,552 bilhões e importações de US$ 3,091 bilhões. O saldo positivo em dezembro subiu a US$ 3,696 bilhões e o superávit acumulado no ano atingiu US$ 44,77 bilhões.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) operou praticamente toda a sessão em baixa, denotando pequena reação na hora final de negócios. O divisa encerrou com recuo, acompanhando seu comportamento no mercado internacional.
A moeda findou cotada a R$ 4,0810 (-0,32%), acumulando -3,75% no mês, +5,32% no ano e +4,69% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil 5 anos permaneceu em 103 pts.
Juros.
Os juros futuros curtos terminaram positivos, mas bem próximos da estabilidade. Já a parte intermediária e a longa de sua curva de estrutura a termo recuaram firmemente, dando sequência à percepção do mercado que a inflação ao consumidor (IPCA) terminará abaixo do centro da meta e que tão somente passa por um período pontual de pressão de alta, advindo do aumento do preço das carnes.
Em relação ao pregão anterior, assim fecharam os contratos:
DI janeiro/2020 em 4,40%;
DI janeiro/2021 em 4,62% de 4,63%;
DI janeiro/2022 em 5,37% de 5,41%;
DI janeiro/2023 em 5,92% de 5,97%;
DI janeiro/2025 em 6,57% de 6,64%;
DI janeiro/2027 em 6,93% de 6,99%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 23.12.2019, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos