Diário de Mercado na 6ª feira, 21.08.2020
Ibovespa fecha positivo no final, apoiado nos índices de Nova York
Comentário.
O índice brasileiro terminou “de lado” (+0,05%), mas esteve mais para baixa do que para a alta neste pregão. Em suma, os agentes digeriram favoravelmente os dados do mercado de trabalho doméstico e os números da economia norte-americana, anunciados no dia.
Assim, com os índices acionários de Nova York em alta, o Ibovespa recuperou terreno na meia hora final e findou ligeiramente fora do campo negativo. Internamente, houve uma trégua do mercado em relação à questão fiscal.
Externamente, os investidores preferiram se ater aos indicadores econômicos dos EUA que foram divulgados no dia, considerados favoráveis. Enfim, neste panorama, os índices S&P500 e o índice de tecnologia Nasdaq encerraram em novos recordes, além do índice Dow Jones também ter subido.
O dólar comercial esteve oscilante ao redor de R$ 5,60, encerrando em R$ 5,6060 (+0,95%). Os juros futuros curtos fecharam divergentes, mas intermediários e longos recuaram.
Ibovespa.
O índice oscilou quase a totalidade da sessão ao redor de -0,50%, tocando momentaneamente em campo positivo por volta do meio dia e depois tão somente no fechamento. Ponderadamente, diversos papéis contribuíram pelo lado da alta, enquanto as ações da B3 e da Vale pesaram sobre o índice.
O Ibovespa fechou aos 101.521 pts (+0,05%), acumulando +0,17% na semana, -1,35% no mês, -12,21% no ano e +0,32% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 24,4 bilhões, sendo R$ 22,2 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 19 de agosto, a Bovespa mostrou retirada líquida de R$ 136,623 milhões em capital estrangeiro, acumulando entrada líquida de R$ 2,882 bilhões no mês (após saída líquida de R$ 8,408 bilhões em julho). Em 2020, o saldo negativo agora está em -R$ 82,030 bilhões (acima da saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Agenda Econômica.
No Brasil, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) registrou em julho a criação de 131.010 postos de trabalho formais na economia, depois da adversidade de quatro meses de cortes provocados pela pandemia do coronavírus, sendo o melhor resultado para este mês desde 2012. Vale ressaltar que o consenso de mercado era tão somente geração de 18.500 empregos.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial esteve oscilante ao redor de R$ 5,60 (+0,84%) ao longo do dia. O comportamento em campo positivo foi influenciado pela tendência alista da moeda norte-americana no mercado internacional.
A divisa fechou cotada a R$ 5,6060 (+0,42%), acumulando +3,30% na semana, +7,46% no mês, +39,73% no ano e +39,57% em 12 meses.
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) cedeu para 226 pts versus 229 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros denotaram ajustes finos de posicionamentos nos vencimentos mais curtos, que findaram com sinais divergentes, enquanto os longos cederam novamente. Assim fecharam as taxas em relação à sessão anterior:
DI set/2020 estável em 1,90%;
DI outubro/2020 estável em 1,91%;
D]I Janeiro/2021 em 1,93% de 1,94%;
DI Janeiro/2022 em 2,80% de 2,79%;
DI janeiro/2023 em 3,96% de 3,99%;
DI janeiro/2025 em 5,76% de 5,80%;
DI janeiro/2027 em 6,79% de 6,82%.
Confira no anexo a íntera do relatório a respeito, preparado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RENATO ODO, CNPI-P, integrantes ambos do BB Investimentos