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Internacional

10 de Julho de 2021 as 00:07:15



HAITI - Assassinato do presidente JOVENEL MOISE: O que se sabe até o momento


Claude Joseph, 1º Ministro Interino
 
O assassinato abalou a nação, alimentando o medo e a confusão
sobre o que está por vir.
por Johnny Diaz
09.07.2021  22h17
 
Durante um ataque noturno em 7 de julho, um grupo de assassinos atirou fatalmente no presidente Jovenel Moïse do Haiti e feriu sua esposa, Martine Moïse, em sua residência particular nos arredores da capital, Porto Príncipe. O assassinato abalou a nação, alimentando o medo e a confusão entre os moradores e a diáspora haitiana sobre o que está por vir.
 
Alguns detalhes do ataque estão desvelados, mas há muitos que não sabemos.
 
 O que sabemos sobre o ataque.
 
Os assassinos invadiram a residência do Sr. Moïse logo após às 1h da madrugada. no que as autoridades descreveram como uma operação bem planejada que incluía "estrangeiros" que falavam espanhol.
 
Moïse contava com um alto nível de proteção, geralmente viajando com mais de uma dúzia de carros blindados e guardas da polícia. Muitas vezes houve 100 oficiais da guarda presidencial em torno da casa do presidente, disse o ex-primeiro-ministro Laurent Lamothe.
 
No entanto, não houve nenhum alerta específico de ataque na 4º feira, disse o embaixador do Haiti nos EUA, Bocchit Edmond.
 
Carl Henry Destin, um juiz haitiano de paz, disse que a casa do presidente tinha sido salpicada com buracos de balas e cheia de cápsulas dos projéteis, e ele encontrou o corpo do presidente deitado no chão ao pé de sua cama, "banhado em sangue".
 
"Havia 12 buracos visíveis no corpo do presidente que eu podia ver. Ele estava cheio de balas. A casa do presidente também foi saqueada. Gavetas foram retiradas, papéis por todo o chão, sacos abertos. Dois criados foram amarrados",
 
disse ele ao NYT.
 
A esposa do presidente, Martine Moïse, foi ferida no ataque e levada ao Ryder Trauma Center, em Miami. Ela estava em condições estáveis, de acordo com o embaixador, Sr. Edmond.
 
O motivo preciso dos atacantes ainda não está claro.
 
 O que sabemos sobre os suspeitos.
 
Dois americanos estão entre as 20 pessoas, ao menos, detidas até agora, declararam autoridades haitianas nesta 6ª feira, acrescentando às suas afirmações de que "estrangeiros" estavam envolvidos nesse ataque. O embaixador, Sr. Edmond, descreveu os agressores como um comando de profissionais bem treinados e assassinos.
 
Os assassinos
 
Em uma coletiva de imprensa na sede da Polícia Nacional com o primeiro-ministro interino, os homens americanos foram identificados como Joseph Vincent, 55, e James J. Solages, 35, moradores da Flórida de ascendência haitiana. Outros 18 suspeitos detidos foram descritos como colombianos.
 
Clément Noël, um juiz que está envolvido com a investigação, disse nesta 6ª feira que o Sr. Vincent e o Sr. Solages alegaram que não estavam na sala quando o Sr. Moïse foi morto e que eles tinham trabalhado apenas como tradutores para os agressores.
 
O juiz disse que os dois se reuniram com outros membros do esquadrão de ataque em um hotel em um subúrbio de Porto Príncipe para planejar o ataque, que eles disseram ter sido planejado por mais de um mês. Os homens, segundo o juiz, disseram que o objetivo não era matar o presidente, mas levá-lo ao palácio nacional.
 
Ainda não se sabe quais evidências as autoridades haitianas têm contra os dois homens, quando entraram no país e qual seria sua conexão com aqueles do esquadrão de ataque identificados como colombianos.
 
Pelo menos mais seis suspeitos estavam foragidos, segundo as autoridades. As forças de segurança fizeram as primeiras prisões depois de se envolverem em um tiroteio caótico na 4º feira.
 
O juiz Noël disse que foi o Sr. Solages que gritou que os agressores eram agentes da Agência antidrogas dos EUA no início da agressão. Tanto oficiais americanos quanto haitianos disseram que os agressores não estavam associados ao D.E.A.
 
Solages já havia trabalhado como segurança na Embaixada canadense no Haiti.
 
 Quem está no comando? A luta pelo poder desperta ainda mais incerteza.
 
Uma disputa de poder entre dois primeiros-ministros concorrentes alimentou ainda mais as tensões na turbulenta nação caribenha de 11 milhões de pessoas, uma das mais pobres do mundo.
 
Nas horas após o assassinato, o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph, disse que estava no comando, assumindo o comando da polícia e do exército. Ele declarou um "estado de sítio" por 15 dias, essencialmente colocando o país sob lei marcial. Não ficou claro se ele tem autoridade legal para fazê-lo.
 
Além disso, surgiram perguntas sobre se o Sr. Joseph é, de fato, o legítimo primeiro-ministro.
 
Poucos dias antes de sua morte, o Sr. Moïse nomeou um novo primeiro-ministro, Ariel Henry, que deveria ser empossado esta semana. Henry disse que deveria estar no comando do governo.
 
Somando-se aos seus problemas, o Haiti, uma democracia parlamentar, não tem um Parlamento em funcionamento. Atualmente, há apenas 10 senadores empossados do total de 30; expiraram os mandatos dos demais 20 senadores. Toda a câmara dos deputados não está mais ativa, porque os mandatosexpiraram no ano passado. E o chefe da mais alta corte do país, que poderia ter ajudado a trazer ordem, morreu de Covid-19.
 
 O Haiti diz que pediu tropas americanas.
 
Funcionários do governo haitiano disseram ter pedido que os EUA fornecessem tropas para ajudar a proteger as principais infraestruturas do país enquanto a nação enfrenta agitação do assassinato.
 
O ministro das eleições haitiano, Mathias Pierre, disse que o pedido foi feito porque o presidente Biden e o secretário de Estado Antony Blinken prometeram ajudar o Haiti.
 
Em coletiva de imprensa na sexta-feira, uma porta-voz do Departamento de Estado, Jalina Porter, disse que não poderia confirmar tal pedido.
 
Mas a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que os EUA apoiariam o país enviando altos funcionários do F.B.I. e de segurança nacional para Porto Príncipe "o mais rápido possível".
 
Acesse no  NEW YORK TIMES  a íntegra dessa matéria em inglês


Fonte: New York Times, Chamada de capa, Tradução e Copidescagem da Redação JF





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