Sergei Ryabkov., vice-ministro de relações exteriores da Rússia.
Putin de que a Rússia tomará medidas técnico-militares, caso os EUA e seus aliados não atendam a demanda da Rússia de fornecerem garantias à sua segurança e mantenham tropas e ogivas nucleares em suas fronteiras
Na 5ª feira, 13.01.2021, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou que a Rússia não descarta a ter presença militar na América Latina, em particular, em Cuba e na Venezuela, caso os EUA e seus aliados não reduzam atividades militares perto das fronteiras com a Rússia.
Falando à rede de TV russa LTVI, Ryabkov declarou que o efetivo militar dependerá das ações do governo norte-americano, ao passo que citou uma advertência feita ao final de 2021 pelo presidente Vladimir Putin de que a Rússia tomará medidas técnico-militares, caso os EUA e seus aliados não atendam a demanda da Rússia de fornecerem garantias à sua segurança.
No contexto das negociações feitas em Genebra, Washington e aliados rejeitaram a demanda russa de não expansão da OTAN em direção a suas fronteiras.
Em resposta, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, afirmou, também na 5ª feira, 13.01, que seu pais agirá de maneira decisiva caso a Rússia envie efetivo militar para a América Latina, ressaltando que o assunto ainda não foi levantado no diálogo com Moscou. Já, nesta 6ª feira, 14.01, o chanceler russo Sergei Lavrov falou que a paciência da Rússia com o Ocidente acabou.
Enquanto Moscou pede uma garantia jurídica, em particular a não-entrada da Ucrânia na OTAN, devido ao receio de ser colocado efetivo militar hostil à Russia em suas fronteiras, o Departamento de Estado norte-americano pediu para a Rússia enviar de volta a seus quartéis os supostos 100.000 soldados posicionados na fronteira com a Ucrânia.
Lavrov afirmou que a exigência de retirar as tropas russas não será acatada e que o Ocidente já ultrapassou os limites. Ele também afirmou que é um absurdo o Ocidente exigir da Rússia que ela remova seus próprios soldados do seu próprio território, enquanto tropas americanas, britânicas e canadenses estão permanentemente estacionadas na Ucrânia.