Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Internacional

03 de Junho de 2024 as 17:26:55



ARGENTINA - Falta de alimentos para Restaurantes Populares abre Crise


Governo Milei patina com Escassez de Gás e Insuficiência de Alimentos, o projeto destrutivo de um país.
 
Falta de alimentos para restaurantes populares abre crise na Argentina
Nos últimos dias, 32 comedores fecharam as portas
 
O governo de Javier Milei tem sido acusado na Argentina de não distribuir alimentos para os restaurantes populares (conhecidos como comedores) deixando os produtos chegarem próximo à data de vencimento.
 
O caso abriu uma crise política que levou à demissão do secretário de Crianças e Adolescentes do Ministério do Capital Humano, Pablo De la Torre, apontado como responsável pela distribuição dos mantimentos.
 
Diante das acusações de não distribuição dos alimentos, Milei veio a público neste domingo, 02.06, em entrevista à Rádio Mitre, para defender a ministra da pasta, Sandra Pettovello, acusando a oposição de tentar derrubá-la. Segundo Milei, as acusações são “para que ela e sua equipe se intimidem”.
 
Em nota, o ministério de Pettovello afirmou que foi aberta auditoria para investigar o caso dos alimentos próximos do vencimento e culpou funcionários por “não ter realizado um controle permanente de estoque e vencimento de mercadorias”.
 
A crise política tem início com a falta de repasses para os comedores comunitários. Nos últimos dias, ao menos 32 deles anunciaram o fim da distribuição de alimentos por falta de repasses do governo. Estima-se que os restaurantes fechados alimentavam mais de 8 mil pessoas em situação de pobreza em Buenos Aires.
 
A associação civil Rede de Apoio Escolar e Educação Complementar (ERA) atendia mais de 3 mil crianças e adolescentes com alimentos gratuitos, mas foi obrigada a fechar os 13 comedores que mantinha.
 
“É um desastre porque as crianças vão no contraturno aos nossos centros. Muitas vezes nas escolas não há comedores. Era a única comida de qualidade que tinham por dia”,
 
afirmou Margarita Zubizarreta, representante da organização em entrevista à rádio local La Patriada. Segundo ela, a associação faz esse trabalho há mais de 30 anos.
 
Comedores
 
De acordo com a organização Rede de Infância, Adolescência e Educação Popular (Interredes), existem 183 instituições que distribuem alimentos gratuitos para mais de 20 mil pessoas e que estão com risco de fechar as portas por falta de repasses do governo.
 
“A fome é um crime. Exigimos o repasse imediato dos recursos e a entrega da mercadoria necessária para garantir o funcionamento de todos os comedores comunitários”,
 
disse a Interredes, em comunicado.
 
Na última semana, o juiz federal argentino Sebastián Casanello determinou a distribuição, em 72 horas, de cinco toneladas de alimentos, mas o governo recorreu da decisão sem cumprir a liminar.
 
O governo Milei acusa essas organizações de serem “comedores fantasmas”, diz que os alimentos armazenados são para situações de emergência – como catástrofes ambientais – e defendeu que a decisão judicial é “um avanço ilegítimo da Justiça sobre a democracia que viola a divisão de poderes.
 
O Judiciário respondeu a uma demanda do dirigente social Juan Grabóis, que rebate os argumentos do governo, dizendo que eles usam uma base de dados desatualizada para acusar os restaurantes de “fantasmas”.
 
Os repasses aos comedores populares fazem parte do Plano Nacional Argentina Contra a Fome, que recebe fundos do programa Abordagem Comunitária, do PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
 
Fome na Argentina
 
Um estudo da Universidade Católica Argentina mostrou que a pobreza no país atingiu o maior nível em 20 anos em janeiro de 2024, quando 57,4% da população argentina vivia abaixo da linha da pobreza.
 
Isso equivale a 27 milhões de pessoas, de um total de 46 milhões de habitantes. A extrema pobreza também cresceu: de 14,2% em dezembro para 15% em janeiro. De acordo com a Reuters, argentinos buscam alimentos descartados para sobreviver.
 
A inflação na Argentina tem desacelerado desde dezembro do ano passado, apesar de continuar alta. A taxa anual chegou à cerca de 289% em abril deste ano no acumulado de 12 meses, segundo índice oficial do Ministério da Economia Argentina.
 
O ultradireitista Javier Milei tem defendido, desde que assumiu o governo no final de 2023, o corte dos investimentos e gastos do Estado como forma de estabilizar a economia. Essa estratégia, elogiada por agentes do mercado financeiro, é criticada por economistas heterodoxos, que acusam o governo de transferir o peso da crise para os mais pobres, que dependem de ajuda estatal.


Fonte: AGENCIA BRASIL. Imagem e seu sub texto da Redação JF





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
10/11/2012
FAO: Preços dos alimentos cairam 8% em 2012
 
07/11/2012
Recuperação Européia levará o tempo necessário à consolidação fiscal dos paises
 
OBAMA reeleito nos EUA - América Latina e Brasil não são prioridades na política externa dos EUA 07/11/2012
OBAMA reeleito nos EUA - América Latina e Brasil não são prioridades na política externa dos EUA
 
02/11/2012
FMI NA ESPANHA - Missão Especial de Vigilância do Setor Financeiro
 
31/10/2012
ELEIÇÕES NOS EUA - Obama levemente à frente, mas sob empate técnico.
 
31/10/2012
FURACÃO SANDY - Cenário de Destruição nos EUA às vésperas da eleição presidencial
 
24/10/2012
CHINA - Redução das importações de soja entre set/2012 e fev/2013
 
23/10/2012
JAPÃO - Escândalo derruba ministro da justiça à semelhança do mensalão brasileiro.
 
23/10/2012
PRIMAVERA SÍRIA - Regime do presidente Assad concede anistia a presos nesta 3ª feira.
 
22/10/2012
ELEIÇÕES NOS EUA - OBAMA e ROMNEY enfrentam-se em último debate, nesta 2a feira, 22.10
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites