Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Economia e Finanças

25 de Junho de 2024 as 00:06:28



TESOURO pode alterar Metas da Dívida Pública na LDO


 
Relator diz que Tesouro pode alterar metas da dívida pública na LDO
Senador Confúcio Moura reuniu-se com ministro Fernando Haddad
 
O relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, senador Confúcio Moura (MDB-RO), disse nesta 2ª feira, 24.06, que o Tesouro Nacional poderá mudar as metas para a dívida pública no texto. Apesar disso, o compromisso com a meta de déficit primário zero no próximo ano está mantido.
 
Ele reuniu-se nesta tarde com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir possíveis alterações no projeto, enviado em abril ao Congresso Nacional. Na versão original, o projeto prevê que a Dívida Bruta do Governo Geral encerrará o próximo ano em 77,9% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas), subindo para 79,1% em 2026 e 79,7% em 2027.
 
Segundo Confúcio, a equipe econômica pode aumentar as estimativas para a dívida pública por causa da interrupção da queda da Taxa Selic (juros básicos da economia). Na última reunião do COPOM Comitê de Política Monetária, o Banco Central (BC) manteve a taxa em 10,5% ao ano e indicou que não mudará os juros até o fim de 2024.
 
“É possível que o secretário do Tesouro [Rogério Ceron] envie sim, algumas alterações de metas de acordo com essa rigidez das taxas de juros. Tudo é feito em cima de projeções. Um apanhado de dados que o governo tem para poder estabelecer esses parâmetros de dívida pública, de crescimento econômico. Isso [meta fiscal zero] a lei do arcabouço fiscal mantém intacto”, afirmou. “A diferença é a dívida pública. Quando o juro está alto, a dívida pública se mantém rígida, se mantém alta”,
 
acrescentou o senador.
 
Alternativa
 
Confúcio reuniu-se com Haddad para debater opções para perseguir a meta de déficit primário zero caso as receitas da União caiam no próximo ano. Apesar de a arrecadação dos últimos meses atingir recordes e superar as previsões, o desempenho deve-se principalmente à tributação do estoque de fundos exclusivos acumulados até o fim do ano passado. Não há garantias de que essas receitas extras se repetirão em 2025.
 
Segundo o senador, Haddad disse que a alternativa em caso de queda nas receitas do governo federal será o contingenciamento (bloqueio temporário) de gastos.
 
“Nós tratamos como faz se houver uma frustração de receitas. Ele falou que o único instrumento seria o contingenciamento de recursos para ir ajustando as despesas, liberando gradativamente de acordo com as necessidades dos ministérios. O contingenciamento é arbítrio do próprio governo”,
 
disse o relator.
 
Desvinculações
 
O parlamentar também discutiu com Haddad a possibilidade de desvincular receitas para dar mais flexibilidade ao Orçamento. Confúcio, no entanto, ressaltou que a decisão caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
“Isso é um assunto de governo posteriormente, uma grande negociação política entre as casas legislativas, para que possa, ao decorrer do tempo, ir mudando gradativamente. Falamos que, por ser um assunto político que tem que ser mensurado pelo presidente, se seria hora de um confronto, de trabalhar isso”,
 
acrescentou.
 
Por meio da Desvinculação das Receitas da União (DRU), recursos vinculados a uma finalidade ou programa podem ser usados para qualquer despesa do governo, inclusive para cumprir a meta de resultado primário. A Emenda Constitucional da Transição, aprovada no fim de 2022, adiou a vigência da desvinculação de até 30% das receitas da União para o fim deste ano. Caso o governo queira prorrogar o mecanismo, o Congresso precisará aprovar uma proposta de emenda à Constituição. A DRU existe desde o fim dos anos 1990.
 
Emendas parlamentares
 
Em relação às emendas parlamentares, o senador defendeu a manutenção do valor em torno de R$ 50 bilhões por ano.
 
“O bom senso aponta que não se deve aumentar além disso de jeito nenhum porque as contas públicas estão em xeque”,
 
declarou.
 
“Não há uma fartura de recurso, as vinculações são grandes, as despesas obrigatórias cada vez mais arrochando o governo. Os recursos discricionários cada vez menores. Então, com isso, o bom senso do Congresso Nacional tem que se falar mais alto. Então, eu creio que não deve ficar nesse valor mesmo, de se discutir um pouco mais ou menos”,
 
acrescentou o relator.
 
No início do ano, o presidente Lula vetou R$ 5,6 bilhões em emendas das comissões permanentes da Câmara e do Senado. O Congresso derrubou parcialmente o veto, recompondo as emendas em R$ 4,2 bilhões e elevando o total das emendas para R$ 52 bilhões neste ano.


Fonte: AGENCIA BRASIL.





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
SIDERÚRGICAS anunciam R$ 100,2 BI em investimentos no Brasil até 2028 21/05/2024
SIDERÚRGICAS anunciam R$ 100,2 BI em investimentos no Brasil até 2028
 
PETROBRAS - Conselho aprova Fim do Mandato de Jean Paul PRATES 15/05/2024
PETROBRAS - Conselho aprova Fim do Mandato de Jean Paul PRATES
 
PETROBRAS leva ao Cade proposta para abandonar venda de refinarias 21/05/2024
PETROBRAS leva ao Cade proposta para abandonar venda de refinarias
 
PETROBRAS esclarece o processo de indicação de nova presidência da Empresa 17/05/2024
PETROBRAS esclarece o processo de indicação de nova presidência da Empresa
 
ATA DO COPOM - BC vê alta de expectativas de inflação e não indica corte de juros 14/05/2024
ATA DO COPOM - BC vê alta de expectativas de inflação e não indica corte de juros
 
MAGDA CHAMBRIAND indicada pelo Governo a presidência da PETROBRAS 16/05/2024
MAGDA CHAMBRIAND indicada pelo Governo a presidência da PETROBRAS
 
PETROBRAS : Prates pede que Conselho avalie fim de seu mandato 15/05/2024
PETROBRAS : Prates pede que Conselho avalie fim de seu mandato
 
DÓLAR sobe a R$5,137 em 15.05; e IBOVESPA cai 0,38% 15/05/2024
DÓLAR sobe a R$5,137 em 15.05; e IBOVESPA cai 0,38%
 
GOVERNO LULA anuncia R$ 50,9 BI em medidas para o RS 10/05/2024
GOVERNO LULA anuncia R$ 50,9 BI em medidas para o RS
 
BNDES lucra R$ 2,7 BI e amplia Carteira de Crédito no 1º trimestre 10/05/2024
BNDES lucra R$ 2,7 BI e amplia Carteira de Crédito no 1º trimestre
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites