A FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo criticou uma vez mais o aumento na SELIC, a taxa básica de juros.
Com a alta de 0,25 ponto percentual decidida nesta 4ª feira, 02.04, pelo COPOM Comitê de Política Monetária do Banco Central, os juros ficaram em 11% ao ano. O maior nível desde 2011.
“A economia segue em marcha lenta e nova alta de juros só servirá para retardar ainda mais a retomada, com a [condição] agravante de que os juros estão subindo e as expectativas de inflação não caem”, disse o presidente da federação,
declarou Paulo Skaf.
Para a CONTRAF Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, o Banco Central tem cedido à pressão dos especuladores financeiros.
"O novo aumento da Selic representa, na realidade, outra capitulação do COPOM diante do terrorismo do mercado financeiro, o único que ganha rios de dinheiro com a subida dos juros, enquanto todos os demais setores da sociedade perdem",
declarou o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.
Cordeiro apontou ainda uma série de efeitos prejudiciais causados pelos juros altos.
“Vai encarecer a produção e o consumo, dificultando o crescimento econômico do país e freando a política de geração de empregos, melhoria dos salários dos trabalhadores e a distribuição de renda”,
enumerou.
Na avaliação da Força Sindical, os juros elevados prejudicam os trabalhadores e o crescimento econômico.
“Os trabalhadores ficam em uma encruzilhada. Se, por um lado, eles perdem com a inflação, por outro perdem com os juros altos. São obrigados a reduzir o consumo e, no geral, têm dívidas a serem quitadas arcando com juros exorbitantes”,
diz a nota assinada pelo presidente da central sindical, Miguel Torres.