Diário do Mercado na 4ª feira, 06.12.2017
Ibovespa engata alta no fim, com avanço da previdência
Resumo.
A volatilidade esperada para o mês de dezembro se confirmou nesta quarta-feira, tendo o pregão na bolsa de valores sido marcado pela inversão de humor dos investidores mediante noticiário positivo acerca da agenda de reformas.
O fortalecimento da alta nas bolsas de NY também contribuiu para a segunda valorização do Ibovespa na semana, retornando-o acima do patamar dos 73 mil pts.
Na última reunião do ano, o Copom cortou a Selic em 50 pontos-base conforme o consenso de mercado – levando a taxa básica de juros da economia brasileira a 7% a.a., sua mínima histórica.
O Bacen deixou aberta a possibilidade de continuidade do ciclo de flexibilização monetária, condicionando nova redução à continuidade da evolução do cenário macroeconômico.
Ibovespa.
O índice apresentou trajetória errática nesta quarta-feira, rondando a estabilidade durante boa parte da sessão até firmar trajetória ascendente a partir do meio da tarde. Contribuíram para a alta a melhora nas bolsas de NY e novos desdobramentos em relação à articulação política que objetiva a aprovação da reforma da previdência. Petrobras, Banco do Brasil e Itaú foram destaques de alta, enquanto Vale e B3 recuaram.
O Ibovespa encerrou aos 73.268 pts (+1,00%), acumulando +1,39% na semana, +1,80% no mês, +21,65% no ano e +19,94% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 8,659 bilhões, sendo R$ 8,265 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na 2ª feira, 04.12, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 211,21 milhões na bolsa. No ano, o saldo acumula ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 9,769 bilhões estrangeiros em R$ 9,585 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o Copom cortou a Selic em 50 pontos-base, trazendo a taxa básica de juros ao patamar mínimo histórico - 7% a.a., de acordo com as projeções.
Nos EUA, foram criadas 190 mil vagas de emprego no setor privado em novembro, ante 235 mil vagas em outubro – em linha com o consenso de 190 mil vagas. Já a produtividade subiu +3,0% no 3T17, o mesmo que na leitura anterior (+3,0%) – abaixo da projeção de +3,3%. O custo da mão de obra recuou -0,2% no 3T17, contra +0,5% no 2T17 – enquanto as expectativas de mercado previam +0,2%.
Câmbio e CDS.
Embora tenha operado com valorização na maior parte da sessão, o dólar comercial (interbancário) encerrou quase estável, com ligeira queda. O real apresentou o melhor desempenho dentre as moedas emergentes.
O dólar encerrou cotado a R$ 3,2330 (-0,06%), acumulando -0,65% na semana, -1,13% no mês, -0,58% no ano e -5,38% em 12 meses.
Risco País - O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos subiu a 163 pts, ante 162 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular estáveis em sua maioria, em compasso de espera com a decisão do Copom e com os desdobramentos da reforma da previdência.
Para a 5ª feira.
Brasil: IGP-DI - FGV;
EUA: Novos pedidos seguro-desemprego e Crédito ao consumidor;
Zona do Euro: PIB;
Alemanha: Produção Industrial;
Japão: PIB;
China: Balança comercial, Exportações e Importações.
Confira no anexo a integra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 06.12.2017, elaborado por José Roberto dos Anjos, CNPI-P, e Ricardo Vieites, CNPI, ambos do BB Investimentos.