O anúncio do cessar-fogo, a partir das 17h desta quarta-feira, 21.11, foi feito pelo chanceler egípcio, Mohamed Kamel Amr, e pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.
Detalhes do acordo ainda não foram divulgados.
O anúncio ocorre no oitavo dia de bombardeios israelenses em Gaza, de que resultaram 140 mortes palestinas e 5 israelenses.
NOTA DO JORNAL FRANQUIA
É de estranhar-se a ausência de representante de Israel e dos Palestinos no encontro de que teria resultado o armistício noticiado.
As exigências israelenses aos Palestinos de um compromisso durarouro de não agressão, por um lado, e as exigências palestinas de abandono das áreas ocupadas por Israel e a cessação de assassinatos de autoridades palestinas pelas forças israelense, por outro, extrapolam os limites do que possa constituir-se um denominador comum para a interrupção das agressões militares por ambas as partes.
Assim, a confirmar-se em posterior divulgação de maiores informações pelas autoridades envolvidas (de Israel, da Palestina, do Egito e dos EUA), esse acordo poderá ter ocorrido a partir do atendimento de itens mínimos por ambas as partes, nenhum daqueles acima mencionados. E isso em nada contribuiria para a solução definitiva dos problemas históricos que envolvem palestinos e israelenses.
Essa solução, ao nosso ver, somente terá a criação de um estado palestino na região, solução que Israel nega-se peremptoriamente a acolher; e que os EUA, pela força política econômica judaica em solo americano, não somente reluta em impor a Israel, mas contribui para que o Conselho de Segurança da ONU não a determine.