O mercado se desmascara após o gigantesco lobby em favor da Reforma Trabalhista e da Lei de Terceirização de Temer, aprovadas pelo Congresso sob promessas e promessas não cumpridas de que trariam mais empregos e expansão do PIB.
Neste momento, com desemprego em alta, 13 milhões de desempregados e 27 milhões subempregados, não há projeto governamental para expansão da oferta de empregos e o crescimento do PIB surge hoje estimado, no Relatório Focus do BC, em apenas 1,98%, em 2019, enquanto 5% ao ano de expansão do PIB seria a taxa ideal para absorver o elevado estoque de mão-de-obra disponível e para acolher a população de jovens que a cada ano atinge a idade de trabalhar.
Na cara dura, a chantagem, a mentira e a malandragem ainda continuam, desta vez com a Reforma da Previdência, que extinguirá a rede brasileira de proteção social da ampla população de pobres e miseráveis do País.
Por outro lado, o projeto de reforma da Previdência preparado por Guedes manterá privilégios no Poder Judiciário, no Ministério Público e nas Forças Armadas. O projeto de reforma da Previdência dos militares, por exemplo, propõe-se a economizar R$ 10 bilhões em 10 anos. A reforma da Previdência trabalhadores da iniciativa privada e servidores civis propõe a economia de R$ 1 trilhão no mesmos 10 anos.
Além disso, o projeto de Guedes viabilizará a extinção de contribuições pagas pelas empresas, recolhidas constitucionalmente, como fundos de financiamento da Previdência Social e que invariavelmente têm sido desviadas para pagamento de juros aos bancos e aos rentistas: o Finsocial e a CSSL, fontes legais de recursos para a Previdência, serão extintos para beneficiar o empresariado. A confirmar essa suspeita, o presidente adiantou essa informação em um de seus twitts.
Como se não bastasse, o "pacote previdenciário" do Guedes elevará estrondosamente os ganhos das instituições financeiras, que enfim se apoderarão dos fundos sociais e previdenciários atualmente geridos pelo governo federal, pelo que se articulam desde os anos 90, para eventual devolução ao público em aposentadorias e pensões, no longo prazo, se não forem antes consumidos em taxas de administração e de serviço ou desvalorização monetária e mudanças no padrão monetário, em sumiço nas falências e concordatas e incorporações bancárias, o que não é nenhum pouco improvável, sabida a história do sistema financeiro brasileiro.
Nome melhor para isso não há: Canalhice.