Ibovespa bateu novo recorde histórico de fechamento.
Resumo.
No cenário doméstico, o mercado se animou diante de rumores da possibilidade de prosseguimento da agenda de reformas, observando também os desdobramentos da leitura do relatório na CCJ da denúncia da PGR contra membros do governo.
Como não houve notícias adversas do exterior – tão somente, os agentes estiveram atentos à possibilidade de revés do novo programa tributário de Trump, abriu-se espaço para o Ibovespa bater nova máxima histórica de fechamento, bem com o dólar fechou praticamente estável e os juros tiveram ajustes de baixa. No mais, o presidente regional da Catalunha manifestou a independência da região, mas, suspendeu seus efeitos, na tentativa de viabilizá-la através do diálogo.
Ibovespa.
O índice doméstico abriu a sessão em expressiva alta depois de dois pregões de realizações. Ainda no fim da manhã, chegou a sofrer leve correção, aguardando o desenrolar da denúncia contra o governo na CCJ e da fala do Presidente Regional na Catalunha.
Entretanto, logo em seguida, se fortaleceu e engrenou a continuidade da tendência de alta na sessão, atingindo sua máxima intradiária, faltando meia hora para o final do pregão, aos 76.995 (+1,67%).
O setor bancário, a Petrobras (nova alta do petróleo) e a Ambev puxaram o índice para cima, enquanto a Vale pesou negativamente no pregão.
O Ibovespa encerrou aos 76.897 pts (+1,55%), renovando seu recorde histórico de fechamento. Deste modo, acumula agora +1,11% na semana, +3,50% no mês, +27,68% no ano e +24,70% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 9,989 bilhões, sendo R$ 9,439 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa. Na 6ª feira, 06.10, último dado disponível, a saída líquida de capital estrangeiro foi de R$ 97,84 milhões na bolsa, mas, com saldo positivo de R$ 128,193 milhões no mês. Em 2017, o saldo de capital estrangeiro acumula ingresso de R$ 14,911 bilhões.
Agenda Econômica.
Na França, a produção industrial recuou -0,3% em agosto, contra avanço de +0,8% em julho - abaixo do consenso de +0,4%. Na comparação anual, o indicador cresceu +1,1% versus agosto de 2016 (+3,9% em julho-17/julho-16) – inferior ao consenso de +1,5%.
No Reino Unido, a produção industrial avançou +0,2% em agosto, ante +0,3% em julho – em linha com consenso de +0,2%. Na comparação anual, o indicador cresceu +1,6% versus agosto do ano passado (+1,1% em julho-17/julho-16) - acima do consenso de +0,9%.
Câmbio e CDS. O dólar comercial (interbancário) abriu em significativa baixa. Na parte da tarde, desacelerou as perdas acompanhando o mesmo movimento no exterior ocorrido perante algumas moedas. A moeda findou a sessão recuperando terreno e encerrou “de lado” cotada a R$ 3,1840 (-0,06%), acumulando +0,86% na semana, +0,54% no mês, -2,09% no ano e -0,47% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos manteve-se estável pela terceira sessão, aos 186 pts.
Juros.
Os juros futuros encerram o pregão em baixa, devolvendo parte dos ajustes de alta da véspera. A queda foi mais expressiva na ponta longa da curva, com boatos de uma nova possibilidade de avanço da agenda de reformas.
Para a quarta-feira.
No Brasil: IPC FIPE - semanal, 1ª prévia IGP-M Inflação, Vendas no varejo e Venda ampla varejo. Nos EUA: Ofertas de emprego JOLTS e FOMC (ata da última reunião).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 10.10.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, WESLEY BERNABÉ, CNPI, e RICARDO VIEITES, todos da equipe do BB Investimentos
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