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Economia e Finanças

08 de Janeiro de 2019 as 23:01:26



PRODUÇÃO INDUSTRIAL abaixo das expectativas


Produção industrial abaixo das expectativas em novembro
 
• A produção industrial avançou 0,1% na comparação mensal dessazonalizada em novembro. Na comparação anual, a produção recuou 0,9%, 0,5 p.p. abaixo das expectativas. 
 
• Avaliamos que a fraqueza recente da produção industrial é consequência de uma combinação de efeito defasado do aperto das condições financeiras do 3T18 com a desaceleração do crescimento global – em particular e países com participação relevante nas exportações de manufatura do Brasil.
 
• A projeção preliminar para a produção industrial em dezembro aponta para alta de 1,2% na margem. A melhora das condições financeiras desde outubro, o crescimento da população ocupada e a recuperação das concessões devem acelerar o crescimento da produção industrial à frente.
 
 
Fraqueza reflete efeito defasado das condições financeiras e crescimento global
 
A produção industrial avançou 0,1% em novembro na comparação mensal dessazonalizada. Em relação ao mesmo mês de 2017, a produção avançou recuou 0,9%, 0,5 p.p. abaixo das expectativas O resultado bruto de outubro foi revisado para baixo em 0,3pp.
 
Avaliamos que a fraqueza recente da produção industrial é consequência de uma combinação de efeito defasado do aperto das condições financeiras do 3T18 com a desaceleração do crescimento global – em particular e países com participação relevante nas exportações de manufatura do Brasil.
 
Vale notar que esta fraqueza também é observada na confiança da indústria da FGV, a qual ficou praticamente estável no 4T18, ao contrário da confiança dos demais setores que já apresentaram avanço expressivo em novembro.
 
Com o resultado, a produção segue abaixo dos níveis anteriores à paralisação dos caminhoneiros (ver gráfico). Entre as categorias econômicas, o quadro também mostra fraqueza. Bens de consumo duráveis e bens de capital recuaram no mês (3,4% e 2,7%, respectivamente), enquanto bens intermediários avançaram 0,7% e a produção dos demais bens de consumo ficou estagnada.
 
Pela ótica da atividade econômica, a indústria extrativa ficou estagnada, enquanto a indústria de transformação recuou 0,6% em dezembro. Uma desagregação maior (em 24 atividades) mostra avanço em apenas 10, sugerindo que a difusão foi mais fraca do que o observado no resultado agregado. 
 
Os dois componentes mais associados ao investimento recuaram na margem. A produção de bens de capital recuou 2,7% (como já mencionado) e a de insumos típicos da construção civil caiu 1,5% no mês, compensando a alta acumulada dos últimos três meses
 
 
Indicadores coincidentes sinalizam avanço em dezembro
 
Os primeiros indicadores coincidentes (confiança da indústria, utilização da capacidade instalada, dados semanais de comércio exterior e consumo de energia, entre outros) sinalizam avanço de 1,2% da produção industrial em dezembro (variação mensal dessazonalizada).
 
Cabe notar que a recessão recente mudou a composição da indústria, reduzindo a importância de setores cíclicos (que sazonalmente tendem a contrair mais em dezembro).
 
Dessa forma, o filtro estatístico que corrige a série por fatores sazonais deve ajustar o nível de produção (para cima) mais do que seria consistente com a nova composição da indústria.
 
Com a melhora recente das condições financeiras, o ritmo maior de avanço da população ocupada e os dados de crédito, o crescimento da produção industrial deve acelerar nos próximos meses. 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório preparado por Artur Manoel Passos e Alexandre Gomes da Cunha, integrantes do departamento de Pesquisa Macroeconômica – Itaú, chefiado por Mario Mesquita – Economista-Chefe 
 
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Artur Manoel Passos e Alexandre Gomes da Cunha, do depto Analises Macroeconômicas do Itaú





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