O Mercado na 6ª feira, 05.01.2017
Ibovespa prossegue em rali de alta com bons ventos do exterior
Resumo.
O otimismo generalizado nos principais mercados acionários pelo mundo permaneceu dando o tom ao índice doméstico, que deu continuidade ao rali de alta contabilizando o decimo pregão seguido de ganhos. Desta vez, a renovação do recorde de fechamento alçou o Ibovespa acima do patamar dos 79 mil pts.
Nos EUA, os dados mistos do payroll não foram suficientes para afugentar o apetite ao risco dos investidores, que impulsionaram mais uma vez os índices de Nova York.
Ibovespa.
Embora tenha iniciado a sessão em terreno negativo, chegando a recuar 0,55% na mínima, a tendência se inverteu ainda pela manhã dando prosseguimento à sequência de nove avanços consecutivos.
Vale, Petrobras, BRF e Equatorial registraram alta relevante. Na outra ponta, Embraer, Usiminas e o setor varejista recuaram.
O Ibovespa encerrou aos 79.071 pts (+0,54%), acumulando +3,49% no ano e +27,39% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 7,970 bilhões, sendo R$ 7,697 bilhões no mercado à vista.
Na 4ª feira, 03.01, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 340,488 milhões na bolsa – oitava sessão consecutiva com ingresso líquido de recursos. O ano de 2018 já acumula saldo líquido positivo de R$ 1,260 bilhão.
Agenda Econômica.
No Brasil, a produção industrial cresceu 0,2% em novembro, ante elevação de 0,3% em outubro – acima do projetado recuo em 0,1%. Na comparação com novembro de 2016, o índice avançou 4,7%, e, no ano, acumula alta de 2,3%.
EUA
Nos EUA, a divulgação do payroll trouxe a criação de 148 mil vagas de trabalho em dezembro, contra 252 mil geradas em novembro – abaixo do consenso que previa o incremento de 190 mil postos de trabalho.
Já a taxa de desemprego continuou no menor patamar desde 2000, 4,1% na leitura de dezembro, o mesmo que no mês anterior e em linha com o aguardado pelo mercado.
A média de ganhos por hora cresceu 0,3% em dezembro, ante variação de 0,1% em novembro – igualando o consenso de 0,3% Os pedidos à indústria avançaram 1,3% em novembro, contra oscilação de 0,4% em outubro - sendo a projeção de 1,1%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) abriu a sessão com ligeira alta. Em seguida, a divulgação do relatório de emprego norte-americano, com alguns dados aquém do esperado, enfraqueceu a moeda, que sofreu queda relevante.
O dólar ainda teve alternância de sinais até o final do dia, mas encerrou de lado, cotado a R$ 3,2330 (-0,03%), acumulando -2,47% no ano e +1,03% em 12 meses.
Risco País.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos caiu pelo décimo primeiro dia consecutivo a 147 pts, menor patamar desde setembro de 2014 – ante 148 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular com alta moderada, em um movimento de ajustes que sucedeu seguidas sessões de quedas expressivas nos últimos dias.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 05.01.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos.