Diário do Mercado na 6ª feira, 24.11.2017
Meio período nos EUA afetou negócios e baixa do Ibovespa
Resumo.
Ontem já havia sido feriado nacional nos EUA, com o “Dia de Ação de Graças” (Thanksgiving Day), e hoje, dia do black Friday (liquidação generalizada no comércio varejista norte-americano), os mercados operaram em meio período.
As bolsas de Nova York encerraram por volta das 16h com menor número de negócios, influenciando uma liquidez menor nos demais mercados acionários pelo mundo.
O índice brasileiro foi contaminado por essa menor liquidez externa, com a pressão vendedora sendo mais incisiva pelo menor volume financeiro no dia. Internamente, a cautela prevaleceu, como os agentes influenciados também por não haver nenhuma novidade concreta em relação a data da possível votação do novo texto mais “enxuto” da reforma da previdência.
Ibovespa.
O índice abriu cedendo e, novamente, operou predominantemente em campo negativo em mais um pregão “devagar”, com a tendência declinante se ampliando um pouco mais após o fechamento das bolsas de Nova York. De toda a sorte, foi a segunda semana seguida de valorização, mas, não dá para assegurar uma maior consistência por conta da semana mais curta de negócios nos EUA.
O Ibovespa fechou aos 74.157 pts (-0,44%), acumulando +0,98% na semana, -0,20% no mês, +23,13% no ano e +20,79% em 12 meses.
Na 3ª feira, 22.11, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 17,189 milhões da bolsa, levando o saldo negativo em novembro para R$ 2,728 bi. No ano, o ingresso líquido de capital estrangeiro acumula R$ 10,22 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, a Receita Federal informou que a coleta de impostos e contribuições federais foi de R$ 121,144 bilhões em outubro, vindo acima da expectativa dos analistas, de R$ 126,290 bilhões, passando a cumular R$ 1,089 trilhão no ano. Já em relação aos dados de crédito divulgados, a taxa de inadimplência ficou estável em 5,6% em outubro. O IPC-Fipe, que mensura a inflação no município de São Paulo cedeu de 0,34% na quadrissemana anterior para 0,32% agora.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) abriu em alta e assim operou ao longo da sessão, chegando a perder força até o meio da tarde, mas, depois tornou a reagir, apoiado no comportamento do mercado internacional.
A divisa encerrou cotada a R$ 3,2290 (+0,22%), acumulando -1,04% na semana, e -1,28% no mês e -4,83% no ano.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu a 171 pts versus 172 da véspera.
Juros.
Alguns DIs mais longos, a partir do DI janeiro/20 sofreram ajustes para cima hoje, levados pela movimentação dos Treasuries nos EUA. Contudo, as taxas futuras caíram como um todo na semana, derrubando a curva da estrutura a termo, com destaque para a ponta mais curta, induzida por uma expectativa de inflação mais baixa do que a esperada, referendada por um IPCA-15 divulgado menor do que o consenso de mercado.
Para a próxima semana.
No Brasil: IGP-M, Confiança do Consumidor/FGV, Resultado primário e Resultado Nominal do setor público consolidado, Taxa de desemprego nacional, PIB, PMI Manufatura, Balança comercial mensal e Vendas de veículos Fenabrave.
Nos EUA: Atividade manuf Fed Dallas Estoques de varejo, S&P CoreLogic CS 20-cidades, PIB, Consumo pessoal, Livro Bege, Gastos pessoais, PCE e núcleo do PCE, Índ Compras Gerentes Chicago, PMI Manufatura e Manufaturados ISM.
Na China, Lucros Industriais, PMI manufatura, PMI não manufatura e Caixin China PMI Manuf.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 24.11.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T E WESLEY BERNABÉ, CNPI, ambos da equipe do BB Investimentos