Diário do Mercado na 5ª feira, 11.01.2018
Maior propensão ao risco no exterior puxa alta do Ibovespa
Resumo.
O Ibovespa voltou a subir firmemente hoje após dois recuos moderados frutos de realização natural de lucros dos investidores. A alta foi impulsionada por possível indicativo de desaceleração nos movimentos de elevação dos juros pelo Fed em 2018, em razão da deflação divulgada hoje no índice de preços do atacado norte-americano, favorecendo os mercados emergentes.
Neste cenário, o dólar perdeu força no exterior e no mercado doméstico, além do preço do petróleo alcançar a maior cotação desde 2014 – fatores que complementaram o cenário benigno para o avanço do índice doméstico.
Ibovespa.
O índice operou com ganhos durante toda a sessão desta quinta-feira, encerrando na máxima intradiária, bem próximo ao recorde histórico de fechamento registrado na última segunda-feira. Vale, Petrobras e o setor financeiro tiveram expressiva valorização. Na outra ponta, Kroton, Fleury e Lojas Americanas recuaram.
O Ibovespa encerrou aos 79.365 pontos (+1,49%), acumulando +0,37% na semana, +3,88% no ano e +27,09% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 8,614 bilhões, sendo R$ 8,252 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na 3ª feira, 09.01, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 41,746 milhões na bolsa – décima segunda sessão consecutiva com ingresso líquido de recursos. No ano, o saldo líquido de capital estrangeiro acumula entrada de R$ 2,687 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, a primeira prévia do IGP-M (FGV) para janeiro acelerou a +0,75%, ante +0,73% na primeira prévia de dezembro – acima da projeção de +0,65%. O índice registra deflação de -0,41% nos últimos 12 meses.
Na zona do euro, a produção industrial cresceu +1,0% em novembro, contra +0,4% em outubro – melhor que o consenso de +0,8%. Na comparação anual, o índice avançou +3,2% em novembro frente a +3,9% na leitura anterior.
Na Alemanha, o PIB encerrou 2017 avançando +2,2%, ligeiramente abaixo da projeção de +2,3%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) operou em alta até o início da tarde, passando ao campo negativo até o fim do pregão, acompanhando o enfraquecimento da divisa ante as principais moedas no exterior.
O dólar encerrou cotado a R$ 3,2150 (-0,62%), acumulando -0,53% na semana, -3,02% no ano e +0,69% em 12 meses.
Agência Brasil
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos recuou a 146 pts, ante 148 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular em baixa ou próximos da estabilidade no médio e longo prazos influenciados pela queda do dólar e pelo recuo no Treasuries. Já na ponta curta da curva os vértices registraram elevações.
Para a sexta-feira.
Brasil: volume do setor de serviços IBGE; EUA: IPC, IPC exc alimentos e energia, índice principal IPC Saz, adiantamento de vendas no varejo, vendas no varejo exc auto, vendas no varejo exc auto e gás, vendas no varejo grupo de controle, resultados semanais méd reais, lucro méd real por hora e estoques de empresas; França: IPC núcleo e IPC.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 11.01.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos da equipe do BB Investimentos
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