Magazine Luiza - Revisão de Preço pós Resultado 2T18
Revisão de Preço: sim, ainda há espaço para crescer; atualizando para Outperform novamente
Após a divulgação de números excepcionais no 1S18, nos encontramos com o time de RI do Magazine Luiza e seu CFO, Roberto Belíssimo, com o intuito de discutir sobre as expectativas para o curto e longo prazos.
O tom da conversa foi guiado pelos esforços atualmente em andamento dentro da companhia, focados em iniciativas que devem amparar a sustentabilidade de seu crescimento no futuro.
Em todos eles, tanto o fator tecnológico quanto o humano estão presentes, andando lado a lado, com o intuito de oferecer um nível de atendimento superior aos clientes da empresa. Um nível de atendimento superior significa dizer:
(i) melhor relacionamento entre clientes e funcionários dentro das lojas;
(ii) maior precisão e disponibilidade de produtos;
(iii) experiência de compra diferenciada na plataforma de e-commerce (app e website) e
(iv) tempo de entrega reduzido.
De empresa familiar à uma varejista digital. A imagem de uma companhia familiar, criada na década de 50 no interior do Brasil, foi deixada de lado e deu lugar à uma varejista nacional digital, que está sempre correndo atrás de inovações tecnológicas.
Para nós, nenhuma outra varejista com rede de lojas físicas foi capaz de se adaptar à era digital como o Magazine Luiza. A evolução tecnológica parece estar no DNA da empresa, começando pelo CEO, Frederico Trajano, responsável por liderar a transformação digital da companhia, com a criação do website do Magazine no ano 2000.
O Luizalabs veio em 2011 e conta atualmente com 450 engenheiros, possibilitando que a empresa crie dentro de casa ferramentas tecnológicas personalizadas, o que se tornou uma de suas vantagens competitivas.
Através do Luizalabs, o Magazine deixou para trás a dependência e a lentidão característicos da contratação de consultorias e vem sendo capaz de desenvolver tecnologias dentro de casa de forma mais rápida, o que tem possibilitado a oferta de uma experiência de compra superior à de seus competidores em suas plataformas.
A companhia foi a primeira do segmento a criar aplicativos diferenciados focados na digitalização de processos dentro de lojas, desde o procedimento de venda e gestão de estoques até a aprovação do crédito.
Até mesmo os processos de entrega foram digitalizados, apesar do desafio de padronizar a atuação de 1.500 diferentes pequenas transportadoras. Logo, as iniciativas de digitalização foram replicadas pelos concorrentes do MGLU.
Investimentos e valorização das pessoas foram importantes...
Os investimentos em Capex de fato foram importantes no atingimento de um nível diferenciado de digitalização. Desde 2011, a empresa investiu mais de R$ 330 mi em sistemas e ferramentas tecnológicas.
Além disso, o gerenciamento de pessoas e a retenção de talentos também fez a diferença. O MGLU tem sido considerada uma das melhores empresas para trabalhar nos últimos 14 anos e, desde 2012, está na lista do instituto “Great Place to Work”.
De fato, a valorização dos funcionários é algo que está sempre presente nos discursos do management da companhia. E valorizar não significa somente remunerar bem, mas também motivar e estar aberto às diferentes opiniões e inovações.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho da MAGAZINE LUIZA, elaborado por MARIA PAULA CANTUSIO, CEA, CNPI 1390, Analista Sênior do BB Investimentos