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Investimentos

10 de Agosto de 2018 as 02:08:40



GERDAU Resultado no 2º trimestre/2018: EXCELENTE


GERDAU - Resultados no 2º trimestre/2018
 
Maiores preços e câmbio seguram os resultados
 
A Gerdau divulgou seus resultados do 2T18 em 08.08, trazendo um desempenho excelente, acima das nossas expectativas, com especial destaque à ON América do Norte, a qual veio de um longo período de baixa performance.
 
Todas as ONs apresentaram melhor desempenho na comparação anual, atestando, em nossa opinião, o momento diferente e benéfico que a Gerdau se encontra, quando comparado a um ano atrás. 
 
O EBITDA ajustado veio em R$ 1.756 mm, 12% acima das nossas expectativas e 11% acima do consenso do mercado. 
 
 
A Margem EBITDA ficou em 14,6%.
 
Com relação à ON América do Norte, a unidade trouxe o melhor resultado em dez anos, com um EBITDA de R$ 497 mm, 48% acima das nossas estimativas; consequência não apenas das mudanças políticas no país, mas também das mudanças endereçadas na própria operação, tais como tamanho de planta e reformulação do management.
 
Temos, constantemente, insistido nos desdobramentos negativos que poderiam surgir da guerra comercial atualmente em cena. Entretanto, no caso da Gerdau, muitos são os benefícios a serem listados. Como podemos ver no resultado do trimestre, apesar dos efeitos negativos da greve dos caminhoneiros no período, os resultados forma mais que compensados pela melhor performance das unidades América do Norte e Brasil. 
 
Preços mais altos do aço, juntamente com maior demanda e maiores limitações nas importações no mercado americano levaram os resultados para cima. 
 
No Brasil, as margens continuaram fortes devido ao controle eficaz nos custos e bem-sucedida implementação de preços.
 
Esperamos melhoras em todas as operações, tendo em vista que os preços devem continuar a subir e as margens a melhorar. Em relação à ON América do Norte, a empresa já forneceu guidance de margem de dois-dígitos até o fim deste ano e vemos o mesmo totalmente admissível. 
 
No Brasil, a demanda começou a crescer novamente, o que poderia abrir espaço para aumentos de preços. Adicionalmente, a Gerdau anunciou a conclusão da venda de 100% das ações da Aza Participações no Chile e, em julho, também informou sobre a venda de suas hidrelétricas pelo valor de R$ 835 mm. No aglomerado, os desinvestimentos já somam R$ 6 bi.
 
De fato, ainda há riscos com as medidas protecionistas surgindo no cenário internacional. Além disso, também prevemos um cenário mais desafiador para o mercado brasileiro com o período de eleições nas próximas semana, que poderá trazer mais incertezas ao país. Entretanto, acreditamos que a Gerdau esteja no caminho certo ao tornar-se uma empresa mais simples e enxuta, focando nos negócios principais e mais rentáveis. Assim, decidimos manter nosso preço-alvo para 2018 de GGBR em R$ 21,00 por ação, com a recomendação de Outperform.
 
 
Resultados consolidados.
 
As receitas totais somaram R$ 12.035 mm, 31,3% maior a/a e 15,8% acima do 1T18, impactada por 
 
(i) melhores preços no mercado internacional, 
(ii) maiores volumes vendidos e 
(iii) melhor performance na ON América do Norte. 
 
Os custos foram impactados por maiores preços de matéria prima e cresceram 26% a/a e 14% t/t. O destaque ficou por conta das despesas que cresceram apenas 2,6% a/a e 2,5% t/t, como resultado de controle eficaz e investimentos em inovação e tecnologia. De tal modo, o EBITDA veio em R$ 1.756 mm, 56,8% acima do 2T17 (+18,3% t/t).
 
 
Brasil. 
 
EBITDA estável apesar dos impactos da greve. A greve dos caminhoneiros afetou a produção e as vendas no período. Houve redução de 10,6% a/a (-9,9% t/t) em volume produzidos, para 1.382 kton. Já com relação às vendas, a queda foi menor, de 1,2% a/a (-5,1% t/t), para 1.364 kton (-10% ante BB-BI). Entretanto, vale mencionar que no mercado doméstico, as vendas subiram 13% comparado ao ano passado. 
 
As receitas, então, somaram R$ 3.798 mm, melhorando 24% a/a e 52% t/t em razão de maior receita/ton em ambos os mercados, doméstico e internacional. Consequentemente, o EBITDA ficou em R$ 743 mm, melhorando 57,1% a/a, apesar da queda de 1,1% t/t (4,9% maior que nossas estimativas.
 
 
América do Norte. 
 
Maior desempenho, finalmente. Os resultados foram impactados pelas melhores condições no mercado americano, em razão de maior demanda de aço e queda nas importações com a tax reform e os efeitos da Section 232. Internamente, as margens foram também beneficias pela venda da operação de vergalhões no país. 
 
A produção e as vendas melhoraram a/a, +3,2% e +6,5%, respectivamente, apesar da queda de 2,4% e 1,4% t/t. As receitas somaram R$ 5.411 mm (+39% a/a e +22% t/t) devido a maiores vendas e melhor receita/ton. Os custos foram impactados por sucata mais cara. O EBITDA, então, ficou em R$ 497 mm, 100% maior t/t e 112% acima a/a (+48% que nossas estimativas). 
 
Endividamento e Resultado Financeiro. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 713 mm no trimestre, refletindo 
 
(i)   R$ 360 mm em perdas de variação cambial, 
(ii)  receita financeira de R$ 34 mm e 
(iii) despesas financeiras de R$ 387 mm.
 
Como resultado, a Gerdau reportou um lucro líquido de R$ 698 mm, comparado ao resultado líquido de R$ 448 mm no 1T18. 
 
A dívida bruta somou R$ 18.115 mm, alta de 8,3% comparada a mar/18. Já a dívida líquida ficou em R$ 15.174 mm. A alavancagem, medida pela dívida líquida/EBITDA ficou estável em 2,7x.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análsie do desempenho da GERDAU no 2º trimestre/2018, elabordo por Gabriela E Cortez Senior Analyst do BB Investimentos
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Gabriela E Cortez Senior Analyst do BB Investimentos





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