Disputa comercial entre EUA e China permanece um risco
A China tem se esforçado para evitar uma guerra comercial. O país propôs aumentar as importações agrícolas e de energia dos EUA, expandir o comércio para outros bens e serviços manufaturados e aumentar a proteção à propriedade intelectual norte-americana.
Além disso, anunciou uma redução das tarifas de importação de automóveis de 25% para 15%.
A resposta dos EUA foi ambígua. O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse inicialmente que os EUA suspenderiam seu plano de aumentar as tarifas em US$ 50 bilhões sobre produtos de importação chineses, programado para o fim de maio.
No entanto, a Casa Branca posteriormente renovou sua ameaça de divulgar a lista de tarifas sobre os US$ 50 bilhões em bens de importação chineses em 15 de junho, e de impô-la logo em seguida. A Casa Branca também ameaça ampliar as restrições ao investimento da China nos EUA, o que deve ser anunciado em 30 de junho.
Em resposta, a China declarou recentemente que quaisquer concessões comerciais só serão efetuadas se os EUA não impuserem quaisquer sanções comerciais, incluindo aumentos de tarifas.
A China também prometeu retaliar qualquer aumento de tarifa de importação dos EUA.
Apesar do risco, ainda acreditamos que um acordo comercial entre EUA e China será alcançado sem escalonamento da disputa. É possível que concessões adicionais por parte da China se façam necessárias em breve, e os EUA devem recuar da ameaça de aumentar as tarifas de importação em 15 de junho.
No entanto, acreditamos que um escalonamento da disputa pode ser evitado, uma vez que a China pode oferecer ao presidente Donald Trump benefícios suficientes para que este os venda como uma conquista de seu governo perante o eleitorado nas eleições de meio de mandato.