Diário do Mercado na 2ª feira, 22.04.2019
Mercado acionário em compasso de espera pela votação na CCJ
Comentário.
O dia foi de liquidez reduzida, sendo o segundo menor volume financeiro do ano, de R$ 9,98 bilhões, acima apenas do R$ 8,68 bilhões do último dia 6 de março (4ª feira de cinzas).
Os investidores aguardam a definição da admissibilidade da proposta da reforma da previdência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, que poderá ser definida amanhã, com possibilidade de haver alguma alteração em seu texto.
Também, hoje é um dia útil imprensado para o Rio de Janeiro com o feriado desta 3ª feira, 23.04 (Dia de São Jorge). Enfim, um pregão “distorcido” que não contribuiu para ratificar qualquer tendência. Externamente, uma notícia pode ser destacada: os EUA não renovarão a isenção concedida a oito países para adquirir petróleo do Irã, já partir do dia 2 de maio próximo – condição que motivou as elevações das cotações do petróleo no mercado internacional. Contudo, este anúncio “não fez preço” nas bolsas de Nova York, cujos índices encerraram com pequenas elevações.
No Brasil, o dólar comercial fechou cotado a R$ 3,9320 (+0,05%). Os juros futuros tiveram em sua maioria levíssimos ajustes para baixo, em dia de giro fraco.
Ibovespa.
O índice principiou declinante, com a pressão vendedora inicial sendo mais contundente por conta da baixa liquidez. Todavia, reagiu a partir da primeira hora da tarde e passou a operar em campo positivo pouco antes das 14h. Já na hora e meia final do pregão, oscilou ao redor da estabilidade com curtíssimas variações.
O Ibovespa fechou aos 94.588 pts (+0,01%), acumulando -0,87% no mês, +7,62% no ano e +10,56% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 9,980 bilhões, sendo R$ 9,730 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 17 de abril (último dado disponível), ocorreu ingresso líquido de capital estrangeiro de R$ 1,331 bilhão na Bovespa, mas com saldo negativo somando R$ 1,712 bilhões no mês.
Em 2019, registra retirada líquida de R$ 460,408 milhões.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário), em dia de liquidez contida, operou a maior parte da sessão em terreno negativo mas terminou “de lado”.
A moeda fechou cotada a R$ 3,9320 (+0,05%), acumulando +0,41% no mês, +1,47% no ano e +15,34% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil passou a 171 pts versus 172 pts na sessão anterior.
Juros.
Os juros futuros mostraram pequenos recuos na maioria de seus vencimentos, mas este movimento não deve ser levado em consideração, devido ao dia de baixo volume.
Em relação à sessão anterior, assim finalizaram: DI janeiro/20 em 6,44% de 6,45%; DI janeiro/21 em 7,01% de 7,03%; DI janeiro/23 em 8,20% de 8,21%; DI janeiro/25 em 8,75% de 8,77%; e DI janeiro/27 estável em 9,08%.
Agenda Econômica.
No Brasil, a confiança industrial (CNI) recuou 5,7%, para 58,4 pts em abril versus 61,9 pts em março. Nos EUA, as vendas de casas usadas caíram -4,9% em março, para 5,21 milhões (anualizado) ante variação e +11,2% em fevereiro (5,48 milhões), vindo abaixo do consenso de -3,8%.
Para a semana
Brasil: Coleta de impostos; Criação de empregos formais; IPC FIPE; Confiança do Consumidor; IPCA-15; dados do setor externo; dados do setor de crédito.
EUA: Vendas de casas novas; Pedidos de bens duráveis; PIB; Consumo pessoal; Sentimento Univ. de Michigan.
China: Lucros industriais.
Japão: BoJ – decisão de política monetária.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 22.04.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos