Diário do Mercado na 2ª feira, 29.04.2019
Ibovespa tem sessão contida por proximidade de feriado e giro baixo
Comentário.
O Ibovespa teve uma abertura positiva e foi testar logo os 97 mil pts, mas findou de lado. O dia parecia benéfico, mas, o baixo giro financeiro e a proximidade o feriado do “Dia do Trabalho” (não é nos Estados Unidos, cujas bolsas funcionarão normalmente) na próxima 4ª feira, 1º de maio, terminaram por minar uma maior propensão ao risco no dia.
Os agentes deram uma pausa momentânea na questão da Comissão Especial na Câmara dos Deputados, que já foi instalada, aguardando uma postura do governo e novas notícias em relação ao andamento da reforma da previdência.
Externamente, a divulgação de dados da economia norte-americana, que foram considerados favoráveis, tanto impulsionaram os índices Nasdaq e SP500 para novos recordes históricos e o Dow Jones para próximo a isto, como ajudaram a valorizar o dólar no mercado internacional.
No Brasil, o dólar comercial fechou cotado a R$ 3,9400 (+0,23%). Os juros futuros seguiram o movimento do dólar e fecharam positivos, com destaque para vencimentos intermediários.
Ibovespa
O índice abriu com valorização ascendente, superando os 97 mil pts antes da primeira hora de negócios. Depois, por volta do meio dia, foi perdendo forças e passou o restante do dia, basicamente, oscilando ao redor da estabilidade até seu fechamento. O destaque positivo foi a Hypera (HYPE3; R$28,29; +5,96%), cujo balanço foi bem recebido pelo mercado.
O Ibovespa findou ao 96.187 pts (-0,05%), acumulando +0,81% no mês, +9,44% no ano e +11,27% em 12 meses. O preliminar e mais fraco giro da Bovespa foi de R$ 10,197 bilhões, sendo R$ 10,022 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 25 de abril (último dado disponível), a entrada líquida de capital estrangeiro foi de R$ 263,451 milhões na Bovespa, com a saída líquida passando a R$ 1,241 bilhão em abril. Em 2019, o saldo tornou-se positivo em R$ 7,019 milhões.
Agenda Econômica.
No Brasil o IGP-M / FGV (inflação ao atacado) variou +0,92% em abril ante +1,26% em março, vindo levemente acima do consenso, em 0,89%. Assim variaram seu subíndices: IPA-M em +1,07% (+1,67% em março); IPC-M em +0,69% (+0,58% em março); e INCC-M em +0,49% *+0,19% em março). O indicador passou a acumular +3,10% no ano e +8,64% em 12 meses.
Nos EUA, o núcleo do PCE em março – variação de preços monitorada pelo Fed – cedeu para +1,6% na comparação ano contra ano (+1,7% em fevereiro) e +0,1% ante fevereiro. Já o índice cheio oscilou +1,5% ano contra ano e +0,2% versus fevereiro.
Câmbio e CDS.
A divisa norte-americana encerrou em alta frente ao real, acompanhando a movimentação do mercado internacional de divisas.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,9400 (+0,23%), acumulando +0,61% no mês, +1,68% no ano e +13,81% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil passou 177 pts para 176 pts
Juros.
Os juros futuros encerraram com pequenas elevações, com destaque para os vencimentos de médio prazo. Em relação à véspera, assim finalizaram: o DI janeiro/2020 em 6,51% de 6,49%; o DI janeiro/2021 em 7,14% de 7,11%; o DI janeiro/2023 em 8,26% de 8,24%; o DI janeiro/2025 em 8,78% de 8,77%; e o DI janeiro/2027 em 9,10% de 9,09%.
Para a semana
Brasil: Taxa de desemprego; Resultados primário e nominal do setor público; PMI Manufatura; Balança Comercial; Utilização da capacidade e Produção industrial.
EUA: ADP – empregos privados; PMI Manufatura; FOMC - Decisão sobre juros; Payroll (criação de vagas na economia) e Taxa de desemprego.
Alemanha: PMI Manufatura;
França: PIB e PMI Manufatura.
Zona do euro: PIB e PMI Manufatura.
Japão e China: PMI Manufatura.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 29.04.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos