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Investimentos

04 de Abril de 2019 as 02:04:46



VALE - Resultados no 4º trimestre/2018: Resultados fortes


VALE  -  Resultados no 4º trimestre/2018
 
Resultados fortes, embora ligeiramente inferiores às estimativas
 
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A Vale apresentou finalmente seus resultados do 4T18, após ter que adiar devido aos impactos da quebra na barragem de Brumadinho. Os resultados vieram novamente com maior contribuição dos produtos premium no portfólio da Vale, que representaram 84% no trimestre (ante 79% no 3T18).
 
A empresa também confirmou o corte de capacidade esperado de quase 93 Mt de minério de ferro (25% do guidance da companhia para 2019) e 11 Mt de pelotas. Portanto, esperamos mudanças na participação percentual dos produtos premium para os próximos trimestres.
 
Outro destaque importante refere-se à posição de dívida líquida da companhia que ficou abaixo da meta de US$ 10 bi, colocando a Vale em uma posição confortável para enfrentar os prováveis custos com as indenizações de Brumadinho.
 
Por fim, a empresa explicou que os dividendos legais dos resultados de 2018 (calculados em 25% do lucro líquido) devem ser considerados pagos, já que o montante distribuído em setembro (R$ 7.694 mi) excede o valor legal devido de R$ 6.729 mi.
 
A Vale trouxe um EBITDA trimestral de US$ 4.467 mi, 5,3% abaixo de nossas estimativas (10% superior t/t e 8,7% acima a/a), resultado do menor CPV, mas maiores despesas de SG&A do que estávamos calculando. Na base anual, o EBITDA Ajustado totalizou US$ 16.593 mi, 1,7% abaixo do BB-BI, apesar do aumento de 8,3% em relação aos valores de 2017.
 
Mantemos nosso preço-alvo 2019E para a VALE US em US$ 16/ação e VALE3 em R$ 62/ação, mas elevamos o rating para Outperform. Vemos mais clareza agora em termos de produção esperada e impactos nas demonstrações financeiras da companhia.
 
Acreditamos que, apesar dos riscos de curto prazo, a companhia deve se beneficiar tanto de um aumento nos preços de produtos premium, devido à menor oferta mundial, quanto pelos maiores volumes vendidos com a retomada de suas operações.
 
Minerais ferrosos: produtos premium aumentando os resultados.
 
As vendas de produtos premium representaram 84% do total no trimestre, ante 79% no 3T18. Em 2018, esse percentual foi de 82%. O prêmio pago pelos produtos da Vale nesse segmento chegou a US$ 11,5/t em relação aos US$ 5,7/t no 4T17.
 
O preço CFR/FOB realizado ficou em US$ 68,1/t no período, enquanto o Platts IO 62% teve uma média de US$ 71,6/t no mesmo período.  Consequentemente, as receitas no segmento somaram USD 7.646 mi, 3% acima t/t e 14% acima a/a. O custo caixa C1 foi de US$ 12,8/t.
 
No entanto, entendemos que haverá aumento nos custos devido a mudanças nos canais de distribuição e no processo de blending de alguns produtos no portfólio da companhia.
 
O fornecimento de produtos do bleding brasileiro deve permanecer estável, mas a empresa anunciou a exclusão temporária de produtos de nicho, como o SFLA. Para os próximos trimestres, devemos ver uma mudança no mix de produtos, com a qualidade se deteriorando até certo ponto, mas compensada pelos maiores preços internacionais de produtos premium.
 
Houve uma redução positiva no custo de frete no período, de US$ 19,4/t no 3T18 para US$ 18,8/t, resultado do maior uso da segunda geração da Valemax na operação.
 
O EBITDA, então, somou US$ 4.115 mi, alta de 3,3% t/t, mas 3,5% abaixo de nossas estimativas. Em 2018, o EBITDA totalizou US$ 14.711 mi, 12% superior ao de 2017.
 
Metais Básicos: melhor que o esperado.
 
Nós estávamos menos otimistas com os resultados trimestrais dessa divisão; no entanto, os números vieram acima de nossas expectativas, com melhores preços e volumes vendidos.
 
Os preços médios da Vale para o níquel em 2018 foram 4,2% superiores aos preços da LME, o maior percentual acima do benchmark desde 2002, confirmando a alta qualidade dos produtos da Vale também neste segmento.
 
As receitas de metais básicos somaram US$ 1.613 mi no trimestre, 1,2% superior t/t e 19% abaixo a/a. O EBITDA foi de US$ 592 mi (27% acima das estimativas do BB-BI).
 
Carvão: volumes menores e mudanças estruturais prejudicaram os resultados
 
O negócio de carvão foi afetado pela estação chuvosa, que atrasou o ramp up da operação e impactou a produção de carvão metalúrgico. Isso, e algumas iniciativas para estabilizar a operação, aumentaram os custos no período. Os menores volumes vendidos também reduziram a diluição de custo do Corredor Logístico de Nacala, prejudicando as margens.
 
Consequentemente, as receitas atingiram US$ 482 mi no 4T18, 13% acima do trimestre anterior. No entanto, o EBITDA totalizou US$ 16 mi, estável t/t e 76% menor a/a. A companhia anunciou algumas mudanças estruturais no segmento que devem afetar positivamente os resultados já em 2019.
 
Embora a Vale considere seu custo por tonelada em torno de US$ 96/t este ano, nos mantemos mais pessimistas e vemos algo ligeiramente acima de US$ 100/t.
 
Endividamento
 
No período, a dívida bruta ficou em US$ 15.466 mi, 8% abaixo de set/18. Quanto à dívida líquida, a redução foi de 10% t/t, totalizando US$ 9.650 mi, abaixo da meta da Vale de US$ 10 bi para 2018.
 
O atual nível de alavancagem (0,6x dívida líquida/EBITDA) coloca a companhia em uma posição confortável, caso a empresa necessite de recursos para enfrentar os custos decorrentes dos impactos de Brumadinho.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenho da VALE no 4º trimestre/2018, elaborado por GABRIELA E. CORTEZAnalista Sênior, do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GABRIELA E. CORTEZ, Analista Sênior, do BB Investimentos





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