Tijolos, Patinetes e Garrafas com excrementos
Nos confrontos com a polícia em Paris, os "coletes amarelos" lançaram garrafas de plástico, supostamente cheias de excrementos, contra os agentes de segurança. Os manifestantes também utilizaram todos os objetos que estão à sua disposição para provocar a polícia, inclusive tijolos, patinetes, etc. Em resposta, os polícias usaram gás lacrimogênio contra os participantes da ação.
Segundo comunica o jornal Le Figaro, citando representantes das forças de segurança, 128 pessoas foram detidas em resultado dos protestos de hoje em Paris. Além disso, destaca-se que mais de 60.000 agentes de segurança estão em alerta em todo o país para fazer frente aos manifestantes e preservar a ordem.
Os confrontos já resultaram em duas pessoas feridas na cabeça. Um tem um ferimento detrás da orelha e o segundo — na testa, e sofre de hemorragia forte. Eles receberam assistência de médicos especiais que também participam dos protestos. Estes vestem um uniforme especial e andam com estojo de primeiros socorros.
Desde Novembro de 2018
A França vive uma onda de protestos dos chamados coletes amarelos desde meados de novembro de 2018.
Os manifestantes, que usam coletes fluorescentes, protestavam a princípio contra a elevação nos preços de combustíveis e impostos, determinada pelo governo Macron com o objetivo de obter recursos para subsidios a serem destinados à indústria automobilística francesa, em apoio à mudança do padrão tecnológico em direção à produção de automóveis eletricos.
Decepção com Macron
Logo os protestos passaram a refutar mudanças na política de aposentadorias, a destruição do estado de bem estar social construído no pós-guerra, a incipiência das ações governamentais na elevação do emprego, notadamente das população mais jovem e de moradores nas periferías.
No presente momento, os protestos dirigem-se mais amplamente à deposição do governo de Emammanuel Macron e ao rechaço da classe política e da social-democracia, não somente da França, mas de toda a Europa, por ter, quando no poder, passado a implementar políticas liberais e de interesse dos bancos.
Nessa visão, Emammanuel Macron teria sido eleito pela população francesa para deter o avanço da extrema direita, representado pela candidatura de Marine Le Pen nas eleições presidenciais de 2017, o menos ruim e perigoso para os interesses da população, a despeito de ter sido banqueiro-sócio de Rothschild na França.
Em seu 23º fim de semana por toda a França. as manifestações populares têm resultado em vários confrontos com as forças policiais, destruição de edifícios e carros, saques e outros atos violentos.