Trump suspende plano de aumentar tarifas para produtos da China
A medida vale por três meses, segundo a Casa Branca
O presidente dos EUA, Donald Trump, concordou no sábado, 01.12, em suspender durante 90 dias o seu plano de subir de 10% para 25% as tarifas americanas a produtos chineses no valor de US$ 200 bilhões, enquanto negocia com Pequim "mudanças estruturais" na sua política econômica.
A Casa Branca fez o anúncio em comunicado depois do jantar de Trump com o presidente da China, Xi Jinping, ao final a Cúpula de do G20 em Buenos Aires.
Nos próximos 90 dias as duas potências tentarão completar as negociações em matéria comercial. Se, ao término desse período não houver acordo, "as tarifas de 10% subirão para 25%", acrescentou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
Nenhuma tarifa mútua a partir de 01.01.2019
China e EUA fecharam um acordo para não impor novas tarifas um ao outro a partir do dia 1º de janeiro de 2019. Também se comprometeram a continuar com as negociações para buscar uma saída para a guerra comercial entre as duas potências, informou neste domingo, 02.12, a emissora estatal chinesa CCTV.
Trégua na Guerra Comercial
As medidas representam uma trégua na guerra comercial entre os dois países, que começou após a mútua imposição de sobretaxas bilionárias. Iniciada por Donald Trump, a imposição de tarifas a produtos chineses atingiu em cheio as exportações comandadas por Xi Jinping.
O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, que esteve presente no encontro entre Trump e Xi Jinping, um jantar de trabalho marcado por um ambiente "amistoso", destacou que trata-se de um acordo "importante", do qual só revelou que ambas as partes pactuaram não aplicar tarifas adicionais a partir do dia 1º de janeiro.
Este acordo, disse Wang, citado pela agência estatal chinesa Xinhua, marca a direção das relações sino-americanas para o futuro, que serão baseadas na cooperação "e na estabilidade".
Em troca, acrescentou, Xi Jinping se comprometeu a aumentar "substancialmente" as suas compras de "produtos agrícolas, energéticos, industriais e de outro tipo".