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Política

Terça-Feira, Dia 09 de Janeiro de 2018 as 16:01:09



RN - Policiais buscam resolver impasse, com 20 dias de paralização


RN: paralisados há 20 dias, policiais buscam resolver impasse
 
Letycia Bond
Repórter da Agência Brasil
 
Com as atividades paralisadas desde o dia 19 de dezembro, policiais militares, civis e bombeiros militares do Rio Grande do Norte estão reunidos nesta 3ª feira, 09.01, com vereadores de Natal, a fim de apresentar suas reivindicações. Paralelamente, outras lideranças de classes buscam resolver impasses com a secretária da pasta responsável pelo setor, Sheila Freitas.
 
A categoria suspendeu parte de suas atividades após o atraso do pagamento de salários e em protesto às condições de trabalho e decidiu, na 2ª feira (.08.01), à noite, manter o movimento. Embora os salários de novembro  tenham sido pagos, estão pendentes o de dezembro e o décimo terceiro salário.
 
Membros da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (Acspmrn) iniciaram, às 10h (11h de Brasília), uma assembleia, no Clube Tiradentes, em Natal, para expor o que foi discutido com o governo estadual na noite de ontem.
 
O presidente da associação, Roberto Campos, informou que entidades organizaram um documento com 18 reivindicações e que nenhuma delas pede mais que as condições básicas para prestar serviços à sociedade.
 
"O governo realmente sucateou toda a estrutura de segurança. O pouco que se fazia era realizado se os policiais dessem um jeitinho. Na hora em que pararam de dar um jeitinho, o sistema travou. Nosso movimento é extremamente pacífico, somos homens ordeiros",
 
complementou.
 
A vice-presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos dos Policiais Militares (PMs) e Bombeiros Militares (Asspmbm-RN), Márcia de Carvalho Fernandes, comentou que os PMs estão comparecendo aos quartéis, mantendo assim a frequência do expediente. Márcia acrescentou que, agora,
 
"não adianta receber esses pagamentos e ficar sem saber dos próximos. O Exército, a Guarda Municipal e a Força Nacional estão tentando suprir [o atendimento à população], mas eles não lutam com a criminalidade diariamente como nós, não conhecem as regiões. Fica complicado para eles, mas estão dando apoio",
 
declarou.
 
Segundo a diretora financeira do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sinpol-RN), Eva Carvalho, o movimento conta com o apoio da população, que compreende a precariedade e as deterioradas condições de trabalho que envolvem o setor.
 
"Não é um movimento grevista, é um movimento de estado de necessidade",
 
disse. Os trabalhadores do sindicato restringem seu funcionamento com base na escala de plantão.
 
De acordo com a diretora, na manhã dessa 2ª feira, 08.01, um grupo de psicólogos voluntários ofereceu aos policiais atendimento gratuito. Grupos também se organizaram para receber e distribuir cestas básicas doadas por potiguares e cearenses.
 
Aproximadamente mais de 20 famílias aguardavam contribuições. A Arquidiocese de Natal também lançou uma campanha para arrecadar alimentos não perecíveis para os PMs.
 
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson de Faria, também se reúne hoje com deputados estaduais, na Assembleia Legislativa, para discutir a situação da segurança pública. No último sábado, 06.01, ele decretou estado de calamidade no setor.
 
No dia 31 de desembro, o desembargador Claudio Santos, do Plantão Judicial do Tribunal de Justiça do estado, determinou a prisão dos agentes que divulgassem ou estimulassem o movimento. A decisão foi rechaçada pelo Ministério Público, que entrou com um pedido de habeas corpus coletivo para evitar a prisão dos policiais.
 
Edição: Graça Adjuto


Fonte: Letycia Bond Repórter da Agência Brasil; Edição: Graça Adjuto





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