Diário do Mercado na 3ª feira, 02.07.2019
Bolsa recua na expectativa de avanços da Reforma
Comentário.
O tema central no mercado doméstico continuou sendo o trâmite da reforma da Previdência. Em dia de leitura do voto complementar do relator da PEC, os investidores adotaram a cautela em razão de haver dúvidas se esta etapa será encerrada nesta 4ª feira, 03.07, de forma que o texto fosse votado na Comissão Especial ainda nesta semana.
Não obstante, o índice se sustentou no patamar dos 100 mil pts, mesmo quando tocou a mínima intradiária (-1,25%), puxado, especialmente, pelo mal desempenho de Vale e Petrobras.
No mercado de câmbio, o dólar apresentou amplas oscilações, encerrando com ligeira alta de 0,29%, cotado a R$ 3,8550. Já a curva de juros agregou prêmios em toda sua extensão, também em compasso de espera com a reforma da Previdência. No exterior, o petróleo fechou em forte queda, enquanto os índices acionários de NY registraram ligeiras altas, com o S&P renovando o recorde histórico de fechamento.
Ibovespa.
Após quatro sessões de ganhos, o índice registrou recuo moderado (-0,7%) nesta terça-feira. O desempenho negativo do Ibovespa foi reflexo, principalmente, da forte queda da Vale (3,75%), em razão da repercussão da negativa do relatório apresentado na CPI de Brumadinho. Ademais, Petrobras e B3 também registraram firmes recuos. No campo positivo, destaque para o setor de frigoríficos e Ambev.
O Ibovespa encerrou em 100.605 pts (-0,72%), acumulando alta de 14,47% no ano e de 38,12% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 16,7 bilhões.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 28 de junho (último dado disponível), houve retirada líquida de capital estrangeiro em R$ 634,3 milhões da Bolsa, fechando o mês de junho com saldo negativo de R$ 246,1 milhões. O saldo acumulado em 2019 está negativo em R$ 3,9 bilhões.
Agenda Econômica.
A produção industrial registrou recuo de 0,2% em maio ante abril (com ajuste sazonal), apagando o avanço anterior (0,3%) e praticamente em linha com o consenso (-0,3%). Na comparação anual, o índice avançou 7,1%, contra queda de 3,9% em abril e ligeiramente acima da expectativa do mercado em 6,9%.
Entretanto, é importante ressaltar que o resultado expressivo na comparação anual é fruto de um dia útil a mais em relação ao mês de maio de 2018, bem como da base de comparação mais baixa em razão da greve dos caminhoneiros.
Câmbio e CDS.
Em sessão volátil, a divisa norte-americana encerrou com ligeira alta frente ao real. No exterior, o dólar teve comportamento misto, perdendo força ante maior parte das emergentes.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,8550 (+0,29%), acumulando -0,52% no ano e -1,36% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil passou de 148 pts para 147 pts.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular com ligeira alta, especialmente nos vértices intermediários. O movimento pode ser explicado como uma leve correção após as fortes quedas recentes e pela cautela em razão do trâmite da reforma da Previdência.
Em relação à sessão anterior, assim findaram: DI janeiro/2021 em 5,84%, de 5,80%; DI janeiro/2023 em 6,65%, de 6,65%; DI janeiro/2025 em 7,10%, de 7,05%.
Para a semana.
Brasil: Vendas, exportação e produção de veículos Anfavea.
EUA: Seguro-desemprego e Payroll;
Alemanha: PMI Manuf e Taxa de seguro desemprego;
França, Reino Unido e Zona do Euro:
Japão e China: PMI Composto.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análsie do comportamento d mercado na 3ª eira, 02.07.2019, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RENATO ODO, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos