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Política

10 de Abril de 2018 as 18:04:31



STF 2ª Turma confronta o Protagonismo Autoritário dos Juizes da LavaJato


Turma do STF decide que Sérgio Cabral deve ficar preso no Rio de Janeiro
 
Em seu voto, Mendes criticou o juiz federal Marcelo Bretas. O ministro acusou o juiz de querer “se fazer o Sérgio Moro do Sudeste" e de receber auxílio-moradia irregularmente.
 
 
Por 3 votos a 1, a Segunda Turma do STF Supremo Tribunal Federal decidiu nesta 3ª feira, 10.04, que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral deve retornar para o sistema penitenciário do Rio de Janeiro.
 
Com a decisão, o colegiado anulou a decisão do juiz federal Sérgio Moro que determinou a transferência de Cabral para um presídio na região metropolitana de Curitiba, onde o ex-governador também responde a processos penais no âmbito na Operação Lava Jato.
 
Cabral é réu em mais de 20 processos e está preso preventivamente por acusações de corrupção.
 
Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, preso
 
Em janeiro, ao transferir o ex-governador para um presídio em Curitiba, Moro atendeu a pedido do MPF Ministério Público Federal, ante constatação de supostas regalias ao ex-governador na unidade em que estava preso no Rio, como entrada de alimentos proibidos, uso de aquecedor elétrico, chaleira, sanduicheira, halteres, dinheiro além do limite permitido e colchões diferenciados das demais celas.
 
O resultado do julgamento foi alcançado com base no voto do relator, ministro Gilmar Mendes. De acordo com o ministro, a transferência de Cabral para Curitiba não se justifica legalmente para a instrução dos processos penais.
 
"A transferência para o Paraná não faz sentido processual. O endereço da instrução processual demanda a permanência do paciente no Rio de Janeiro, onde responde a ações penais em fase de instrução. Entendo que a transferência não atende aos interesses do processo",
 
argumentou Mendes.
 
Dentre os integrantes da Segunda Turma do STF, o entendimento do ministro Gilmar Mendes foi acompanhado pelo ministro Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Edson Fachin votou contra o retorno de Cabral para o Rio, por entender que o ex-governador ainda exerce influência.
 
Presídio federal
 
Na mesma sessão, a turma confirmou uma liminar concedida por Gilmar Mendes, no final do ano passado, para anular a transferência de Cabral para o presídio federal de Campo Grande, que havia sido determinada pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, relator dos processos da Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio, na qual Cabral é réu.
 
Segundo o magistrado, durante uma audiência, Cabral demonstrou ter informações sobre sua família. O ex-governador disse saber que a família de Bretas tem negócios com bijuterias e seria a empresa mais importante do ramo no estado.
 
Na decisão, o ministro disse que a atividade profissional da família de Bretas havia sido divulgada pelo próprio juiz em uma reportagem publicada um mês antes da audiência. Além disso, Mendes entendeu que a transferência seria uma forma injustificada de agravamento da prisão de Cabral.
 
Bretas, o Sérgio Moro do Sudeste tem dois auxílios-moradia
 
Em seu voto, Mendes criticou o juiz federal Marcelo Bretas. O ministro acusou o juiz de querer “se fazer o Sérgio Moro do Sudeste" e de receber auxílio-moradia irregularmente.
 
"É um fato exatamente grave que alguém que preconiza tanta correção e que está muito preocupado com essas questões da exposição de sua família [...] Aquele que é um feliz proprietário de imóveis, que talvez seja um imóvel dos mais ricos do Rio de Janeiro e que recebe auxílio-moradia por sua parte e por parte de sua esposa",
 
disse.
 
Juiz Marceo Blretas, "Moro do Sudeste"
 
Em janeiro, por meio de uma rede social, Bretas rebateu críticas ao recebimento mensal de auxílio-moradia por ele e a esposa, que também é magistrada. Bretas confirmou que obteve o direito à vantagem na Justiça e justificou que “o direito em questão foi assegurado a cada magistrado individualmente”.


Fonte: AGENCIA BRASIL. COM CHAMADA DE CAPA, IMAGENS E SUBTÍTULO DA REDAÇÃO JF





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