Diário do Mercado na 4ª feira, 22.07.2020
Com clima de cautela no exterior, bolsa fecha praticamente estável
Comentário.
No cenário externo, predominou o clima de cautela com o aumento das tensões entre EUA e China após a decisão do governo americano de fechar o consulado chinês em Houston. O dia foi de perdas em quase todas as principais bolsas da Ásia e da Europa.
Nos EUA, a cautela foi contrabalanceada pelo otimismo em torno dos estudos para desenvolvimento da vacina contra o coronavírus e pela expectativa com a temporada de balanços. Com isso, as bolsas em Nova Iorque tiveram desempenho misto fechando próximas da estabilidade.
No Brasil, em mais um dia de agenda vazia de indicadores econômicos, a bolsa acompanhou o movimento de cautela no exterior e fechou praticamente estável com leve desvalorização de 0,02%. No mercado cambial, o real voltou a apresentar o melhor desempenho do dia na comparação com as principais moedas do mundo.
O dólar comercial fechou a sessão cotado a R$ 5,12. Os juros futuros encerraram o dia sem uma direção única. Os contratos com vencimento de curto e médio prazos fecharam quase estáveis com um ligeiro viés de baixa enquanto os de longo de prazo fecharam em alta, próximos da máxima do dia.
Ibovespa.
O índice abriu a sessão em alta, novamente se aproximando do patamar dos 105 mil pontos. No entanto, acompanhando o clima de cautela no exterior, a bolsa iniciou uma tendência de queda atingindo a mínima de 103.277, no início da tarde. Já próximo do fechamento, no entanto, o Ibovespa se recuperou encerrando a sessão bem próximo da estabilidade com uma leve desvalorização de 0,02%, aos 104.289 pontos.
Entre as maiores altas do dia, o destaque foi o desempenho das ações da Weg (WEGE3) que subiram quase 14%. Pelo lado das perdas, as ações da Qualicorp (QUAL3) novamente apresentaram a maior queda do dia com desvalorização de 5,74%. O giro financeiro preliminar da Bolsa foi de R$ 28,5 bilhões, sendo R$ 26,3 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 20 de julho (dado mais recente), os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 1,311 bilhão na B3, reduzindo o saldo negativo do mês para R$ 4,091 bilhões. No acumulado de 2020, os investidores já retiraram R$80,596 bilhões.
Câmbio e CDS.
A aprovação do pacote de estímulos fiscais na Europa ainda repercute nas negociações com a moeda americana que, mais uma vez, se desvalorizou frente as demais divisas. A moeda brasileira, por outro lado, segue apresentando o melhor desempenho na comparação com as principais divisas globais.
Com isso, o dólar comercial fechou a sessão de hoje com mais uma queda, cotado a R$ 5,1188 (-1,54%).
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) caiu de 213 para 206 pontos.
Juros.
Os juros futuros encerraram o dia sem uma direção única. Os contratos com vencimento de curto e médio prazos fecharam quase estáveis com um ligeiro viés de baixa enquanto os de longo de prazo fecharam em alta, próximos da máxima do dia. Apesar do clima de cautela no exterior, a desvalorização do dólar e a entrega da proposta de reforma tributária ao congresso repercutiram positivamente nos negócios.
Assim fecharam as taxas em relação a sessão anterior:
DI outubro/2020 caiu de 2,07% para 2,05%;
DI janeiro/2021 caiu de 2,06% para 2,04%;
DI janeiro/2022 caiu de 3,0% para 2,97%;
DI janeiro/2023 se manteve em 4,03%;
DI janeiro/2025 subiu de 5,51% para 5,55%;
DI janeiro/2027 subiu de 6,32% para 6,39%.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado na 4ª feira, 22.07.2020, elaborado por RICHARDI FERREIRA, CNPI, e HENRIQUE TOMAZ, CFA, ambos integrantes do BB Investimentos
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