WEG - Resultado no 2 Trimestre/2020: Positivo
Evolução de 36,6% a/a no EBITDA e ROIC a 21,6% em meio à crise;
Positivo
Na 4ª feira, 22.07, a Weg divulgou seus resultados do 2T20, surpreendentemente positivos, em nossa visão, trazendo ROIC de 21,6% (+3,2% p.p a/a e +0,9 p.p. t/t), com EBITDA de R$ 732 mi, superior em 36,3% a/a (+18,3% t/t), e respectiva margem de 18%.
A receita cresceu em 23,7% a/a (+9,4% t/t), beneficiada também pelo ajuste das recentes aquisições da Geremias Redutores, PPI-Multitask e V2COM, sem as quais a ROL teria avançado 22,8% a/a.
Apesar do contexto pandêmico, a implementação de melhorias operacionais combinada com a solidez da carteira de ciclo longo (no Brasil e exterior), fortemente beneficiada pelo câmbio, viabilizaram tais resultados.
Em resposta, na data de divulgação dos resultados, a WEGE3 havia auferido valorização de 49,7% em um mês, e mais de 200% nos últimos 12 meses, batendo seu preço máximo histórico.
Assim, considerando os resultados do 2T20 e suas entregas consistentes, e ainda as nossas perspectivas positivas para a companhia, apoiadas em sua diversificação (geografia e portfólio de produtos), solidez do balanço e níveis de caixa confortáveis, revisamos nosso preço-alvo 2020e da WEGE3 para R$ 55,00/ação, mas com recomendação Neutra, pois não há potencial de valorização para nosso preço diante do rally recente observado no papel.
O pior da pandemia já passou? Na visão da Companhia, os impactos da pandemia foram sentidos em abril e maio nas demandas de ciclo curto dos segmentos de Motores Comerciais e Apliance, Tintas e Vernizes e Motores Industriais.
Na China, as atividades já apresentam níveis do pré-pandemia e contribuíram positivamente para o desempenho de ciclo curto. Observa-se retomada gradual na entrada destes pedidos, apesar das incertezas ainda presentes nas diversas geografias em que a Weg atua.
Resultados consolidados.
A receita líquida totalizou R$ 4.063,9 mi, +23,7% a/a (+9,4% t/t), com destaque para o mercado interno que avançou +24,4% a/a (-5,2% t/t). O mercado externo cresceu 23,2% a/a, fortemente beneficiado pelo câmbio médio (R$ 5,38 ante R$ 3,92), uma vez que sua receita em US$ caiu 10,2% a/a (+1,2% t/t), com retração em todas as geografias, exceto Europa (+6,1% a/a).
O CPV somou R$ 2.832 mi (+20,9% a/a) e evoluiu em menor passo que as receitas (+23,7% a/a), acrescendo 1,5 p.p. a margem bruta de 30,3%, resultado de (i) medidas como antecipação de férias e redução de jornada e salários, e (ii) menor pressão sob custos de MP, como cobre (-12,2% a/a) e aço (-16,7% a/a), apesar das restrições fabris causadas pelo COVID-19.
As despesas de VG&A (R$ 502,2 mi) aumentaram 16% a/a, equivalente a 12,4% da ROL, uma melhora marginal de 0,8 p.p. se comparado ao 2T19, impactada por não-recorrentes naquele período.
Como resultado, o EBITDA somou R$ 732,2 mi, maior em 36,6% a/a e 18,3% t/t, trazendo a respectiva margem a 18%, melhor se comparado ao 2T19 (+ 1,7 p.p.) e ao 1T20 (+1,3 p.p.).
Assim, o Lucro Líquido avançou 32,2% a/a e 16,9% t/t, a R$ 514,4 mi, refletindo também a variação cambial positiva e menores receitas de aplicações financeiras.
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito elaborado por CATHERINE KISELAR, CNPI, integrante do BB Investimentos
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